Rosana Hessel
postado em 16/02/2011 08:43
A Petrobras anunciou a descoberta de um nova reserva de petróleo na camada pré-sal da Bacia de Santos. Informalmente denominado Macunaíma, o poço tem profundidade de 2.134 metros e está localizado na área do poço de Parati e a 244 km da costa do Rio de Janeiro. O consórcio responsável pela descoberta ;- a estatal tem 65% de participação ; ainda realizará os investimentos necessários para a avaliação das jazidas. A conclusão está prevista para abril de 2012.A descoberta foi comprovada por meio de amostragem de óleo em teste a cabo, nos reservatórios localizados em profundidade de cerca de 5.680 metros. Além da Petrobras, operadora do bloco, o consórcio é formado ainda pelas empresas BG Group (25%) e Partex Brasil (10%). A companhia brasileira ainda não apresentou quaisquer dados sobre o potencial da área.
Apagão
Enquanto a estatal de petróleo vem dando boas notícias ao governo, ontem foi a vez de Furnas virar uma página ruim e abrir as portas ao seu novo presidente. O engenheiro Flávio Decat, de perfil técnico, foi empossado no comando da estatal como símbolo da primeira vitória da presidente Dilma Rousseff na moralização do setor elétrico, depois do apagão que deixou 8 dos 9 estados do Nordeste sem luz há 12 dias. Ao nomear um técnico para Furnas, cuja carreira foi iniciada dentro da própria companhia, Dilma marcou posição ao retomar a profissionalização da área em que ela foi ministra.
A cadeira agora ocupada por Decat foi ingrediente da disputa entre o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), ambos integrantes de partidos da base aliada ao governo. No entanto, a mudança no comando em Furnas apenas abranda a forte cortina de fumaça que recai sobre o setor elétrico. Mesmo depois das cobranças do Palácio do Planalto, as causas do corte de luz nordestino ainda não foram identificadas.
O Relatório de Análise de Perturbação (RAP), redigido pelo Observador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ainda não está pronto. No governo, circula apenas sua versão preliminar, ainda não divulgada. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aguarda o documento para dar início às investigações oficiais. Enquanto isso, o apagão segue sem explicação.