Economia

Bamerindus deixa rombo de R$ 4 bi ao Fundo Garantidor de Crédito

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 17/02/2011 07:00

Depois de mais de uma década, o Banco Central se prepara para, nos próximos dias, pôr um ponto final na liquidação extrajudicial dos bancos Bamerindus, que pertenceu ao ex-senador José Eduardo Andrade Vieira, e Mercantil de Descontos (BMD). O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), maior credor das duas instituições, praticamente fechou acordo com os demais beneficiários.

No caso do BMD, os ex-controladores injetaram mais de R$ 30 milhões na massa falida, dinheiro suficiente para ressarcir todos os depositantes. Já o Bamerindus, com dívidas de R$ 6 bilhões, está acertando os débitos com o BC, a Caixa Econômica Federal, o Tesouro Nacional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas ainda deixará um rombo de R$ 4 bilhões no FGC.

;Já fizemos um levantamento completo;, disse o diretor executivo do Fundo, Antônio Carlos Bueno. Segundo ele, o Bamerindus tem como fazer dinheiro no mercado, pois somente os créditos fiscais são em montante significativo. Mas ele está consciente de que não haverá recursos suficientes para cobrir a totalidade das dívidas da instituição com o FGC. ;Não existem ativos para satisfazer todo mundo;, reconheceu. ;Vamos receber entre 24% a 30% dos créditos, algo como R$ 1,8 bilhão;, frisou.



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