Economia

Greve de terceirizados deve derrubar coordenador do Ministério das Cidades

postado em 17/02/2011 20:58
Renato Stoppa é o responsável pelos contratos com a empresa OrionA exoneração do coordenador-geral de Recursos e Logística do Ministério das Cidades, Renato Stoppa, deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) na manhã desta sexta-feira (18/2). Incomodado com a repercussão negativa no governo em razão do desrespeito a 300 terceirizados que amargam a falta de pagamento e de benefícios trabalhistas há 15 dias, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, resolveu se mexer. Fontes próximas ao gabinete informaram que o titular interveio e decidiu afastar Stoppa, responsável pelos contratos com a empresa Orion - que emprega os trabalhadores.

Segundo servidores do Ministério, o coordenador chegou a se emocionar quando se despediu de sua equipe de trabalho no início da noite desta quinta-feira (17/2). "Ele saiu do prédio chorando", disse uma funcionária terceirizada, que preferiu o anonimato.

Audiência
Às 10h de hoje, o órgão participou de audiência no Ministério Público do Trabalho da 10; Região para discutir a situação da empresa Orion, acusada de atraso de pagamento e retenção de benefícios como o FGTS e o INSS. Os trabalhadores estão em greve desde segunda-feira. Até ontem, 217 funcionários ajuizaram ações trabalhistas para assegurar seus direitos. Na ocasião a greve dos terceirizados foi considerada legítima. "Agora não podem descontar esses dias que estamos parados", disse uma funcionária. Segundo ela, também ficou acertado que o dinheiro deve ser repassado diretamente para os trabalhadores.

Relembre
Na quarta-feira, terminou o prazo para que a Orion justificasse a falta de prestação de contas sobre as contribuições previdenciárias dos terceirizados ; sem as notas, o ministério não pode transferir a verba para que os salários sejam pagos. Diante da sequência de desrespeitos da Orion, o ministério informou que acionou a segunda colocada da licitação para assumir o contrato, mas a empresa recusou o convite. A terceira firma procurada tem até hoje para dar uma resposta.

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