postado em 19/02/2011 08:00
Assim como os representantes de outras equipes econômicas, o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, chegou ao primeiro encontro do G-20 (grupo das 19 maiores economias do mundo e a União Europeia) do ano, iniciado ontem em Paris, com o discurso do protecionismo unilateral na ponta da língua. Ele afirmou que o país adotará controles de capitais se for necessário e defendeu a liberdade dos demais países ; especialmente os em desenvolvimento ; de tomar as medidas que considerem necessárias para conter o intenso fluxo de recursos que abandona os mercados desenvolvidos em direção aos emergentes.
;Se houver um grande fluxo, então nós teremos que adotar novas medidas;, reforçou Mantega. A expectativa do ministro é que o avanço da migração de capitais continue em 2011, após ter crescido cerca de 50% no ano passado. As afirmações vão ao encontro das posições acertadas entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) em uma reunião prévia à cúpula, realizada ontem com a participação da África do Sul. Os cinco países foram contrários ao estabelecimento de regras que limitem o poder dos governos de controlar capitais. Os emergentes são os que mais sofrem com a entrada maciça de dólares, que valoriza suas moedas e prejudica suas exportações.
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