>> Fábio Monteiro
Há ainda quem diga que, no Brasil, o ano só começa depois do carnaval. Mas para as empresas que veem na festa grandes oportunidades de ganhar dinheiro, a agenda de negócios tem início muito antes. De olho em uma das datas mais lucrativas do calendário nacional, diversas companhias investem pesado na divulgação de suas marcas durante as comemorações de Momo. Para determinados setores, como o de bebidas, a data coincide com o período de maior faturamento anual. No Rio de Janeiro, por exemplo, somente nos festejos de rua, as aplicações alcançarão, por baixo, R$ 8 milhões em 2011. O carnaval como um todo vai render à economia carioca R$ 1,5 bilhão (R$ 300 milhões a mais do que em 2010).
Ricardo Amaral, organizador dos bailes da cerveja Devassa, destaca que o carnaval não existiria sem o financiamento das empresas. ;Antes, os camarotes eram individuais. Uma única família alugava o lugar inteiro do baile. Atualmente, o cenário é diferente. Existem espaços arrematados por grandes marcas;, compara. Ele lembra ainda que a qualidade da comemoração caiu durante os anos 1980, mas voltou a crescer nos períodos seguintes. ;Com a economia aquecida, é mais fácil que as pessoas gastem dinheiro com a festa.; Para se ter uma ideia, os pacotes turísticos subiram 25% de 2010 para 2011.
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