Economia

Decisão do CMN autoriza Correios e Lotéricas a vender dólares

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 25/02/2011 08:23
Quem precisar comprar dólares ou euros para viajar ao exterior ou mesmo transferir valores para a manutenção de residentes fora do país vai poder recorrer aos Correios e às casas lotéricas. Os novos correspondentes cambiais ; que funcionarão como alternativas aos bancos ; receberam a autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN). Eles poderão vender até o equivalente a US$ 3 mil em cada operação por cliente ou fazer transferências, nesse mesmo valor, para países estrangeiros. Com fluxo crescente da divisa americana para o Brasil, a moeda está derretendo frente ao real. Ontem, em relação a quarta-feira, o dólar fechou com queda de 0,66%, cotado a R$ 1,664.

Para que Correios e casas lotéricas iniciem as operações de câmbio será necessário, entretanto, que as instituições financeiras contratem os correspondentes bancários com essa finalidade. Mas os dois correspondentes já estão ;habilitados; a serem contratados pelas instituições financeiras, afirmou o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos. O BC está convencido de que haverá demanda pelo serviço. ;O objetivo é aumentar a capilaridade do sistema, tendo em vista eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo;, observou Geraldo Magela, gerente executivo de câmbio do BC. A seu ver, a figura do correspondente cambial já existia, mas estava restrita às pessoas jurídicas prestadoras de serviços de turismo, listadas pelo Ministério do Turismo.

Massificação
O gerente de câmbio da TOV Corretora, Alexandre Milanov, avalia que o BC está na direção certa. ;O mercado de turismo no Brasil está crescendo muito;, ponderou. Para ele, é importante a massificação, até mesmo para educar a população. ;Muitos não acompanharam a evolução cambial e ainda hoje procuram o mercado paralelo para fazer operações de câmbio, correndo riscos e pagando mais caro por isso.; Com a medida, o BC estará tirando parte do público da informalidade, acredita Milanov. Para ele, o mercado paralelo poderá, inclusive, acabar. Quanto à cotação, não vê na capilaridade garantia de impacto na taxa de câmbio. ; A venda será mais pulverizada, mas a quantia será irrisória.;

Aproveitando o dólar baixo e o desejo do brasileiro de viajar para o exterior, a TOV vai fazer uma venda inédita hoje. Durante três horas, de 9h ao meio-dia, a corretora promete um verdadeiro saldão da moeda americana. O slogan da campanha é ;Dólar a preço de banana;. Para comprar, basta o interessado acessar o site, pegar o telefone do escritório mais próximo e ligar para o atendente. ;Vamos fazer um preço imbatível;, disse Milanov. O limite da corretora também será de até US$ 3 mil por CPF.

Para a entrega da moeda, o cliente poderá optar pelo sistema delivery, o que significa que os dólares poderão ser entregues na casa do comprador. ;Vamos atuar no limite dos nossos custos. É um chamariz para a corretora, que já atua no mercado de câmbio comercial há mais de 20 anos;, disse. O objeti

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação