postado em 28/03/2011 11:59
Rio de Janeiro ; A carga tributária sobre a internet banda larga que chega a 40% no Brasil e a infraestrutura inadequada em alguns estados são dois dos principais desafios para baratear os custos do serviço no país. A conclusão é de um estudo divulgado nesta segunda-feira (28/3) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).Segundo a pesquisa, o custo da internet de 10 Megabytes por segundo (Mbps, a medida de velocidade de transmissão de dados) para empresas no Brasil é de US$ 63,60, mais caro do que o oferecido por países como a Alemanha (US$ 56,90), o Chile (US$ 51,60) e Taiwan (US$ 41,40). O valor cobrado no Brasil, entretanto,é mais barato do que o oferecido pela Rússia (US$ 1.832,80), China (US$ 378,30) e pelo México (US$ 164,80).
No caso da internet de 100 Mbps, o custo no Brasil é de US$ 320, superior aos US$ 310 dos Estados Unidos, aos US$ 231 de Singapura e aos US$ 189 da China. Para a internet de 1 Mbps, a mais lenta, o Brasil tem um custo (US$ 42,80), valor maior que o de países como a Índia (US$ 42,10), a Argentina (US$ 41,30) e o México (US$ 16,50).
Além de oferecer o serviço com um preço menos competitivo do que o de outros países, o Brasil tem metas bem menos ambiciosas do que eles. Enquanto a Coreia do Sul, segundo a Firjan, quer oferecer acesso universal de 1 Gigabyte por segundo, isto é, 1.000 Mbps, até 2013, o Brasil tem a meta de oferecer acesso de 1 Mbps a escolas, bibliotecas e unidades de saúde, somente em 2025.
;A gente precisa acelerar muito o nosso passo. Hoje não temos um programa claro que defina compromissos de investimentos e metas arrojadas. Se essa realidade não for mudada, vamos ficar atrás de nossos concorrentes. A tributação é extremamente excessiva no Brasil. O Plano Nacional de Banda Larga prevê desoneração para acessos residenciais que custem até R$ 30. Além do baixo valor do plano, que é compatível apenas para velocidades baixas de internet, há uma exclusão do setor empresarial;, afirmou o gerente de Infraestrutura da Firjan, Cristiano Prado.
Segundo ele, o imposto sobre banda larga no Japão é de 5% e na Argentina, de 27%. Além de reduzir os impostos no Brasil, um dos desafios para melhorar o acesso à internet banda larga no país, segundo a Firjan, é investir em linhas troncais (linhas principais) de fibra ótica e em suas ramificações, nos diversos estados.