Economia

Direção da Cnem só muda quando crise no Japão passar, diz Mercadante

postado em 28/03/2011 15:36
São Paulo - Assim que a crise das usinas atômicas do Japão for superada, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) deve passar por mudanças. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (28/3) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, após a abertura do Fórum Abinee Tec 2011, que faz parte da programação da 26; Feira Internacional da Indústria Elétrica Energia e Automação, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista.

Segundo Mercadante, o presidente do Cnen, Odair Dias Gonçalves, já havia pedido demissão, argumentando que está na função há 8 anos. Mas, com a crise nuclear do Japão, causada pelo terremoto e pelo tsunami que devastaram o Nordeste do país, o ministro pediu para que ele permanecesse por mais algum tempo no cargo.

A Gonçalves foi dada a tarefa de elaborar um portal na internet para informar diariamente o que está acontecendo no Japão e, também, para fazer uma cartilha detalhada sobre os efeitos da radiação. ;Tomamos essas providências porque há 300 mil brasileiros que vivem no Japão e a função fundamental, nesse momento, é acompanhar a crise e informar a comunidade;.

Mercadante reforçou que o país está diante de uma mudança importante no setor da energia nuclear e, com isso, haverá mais medidas de segurança. Algumas já estão sendo implantadas, como a ampliação do raio de prevenção em um cenário de evacuação das usina nucleares de Angra dos Reis.

;Tudo isso usando helicópteros e também três estradas que saem de Angra, além de navios e barcos de apoio, para termos um plano mais eficiente e abrangente;. Também deve ser instalada uma pequena usina de geração de energia elétrica para abastecer exclusivamente os reatores nucleares de Angra 1, 2 e 3 (em construção).

Para o ministro, há a possibilidades de que a energia nuclear seja inviabilizada no futuro, já que os protocolos de segurança vão encarecer ainda mais esse tipo de geração no mundo. ;A opção não pode ser emitir carbono com petróleo. Temos que construir fontes limpas e competitivas. O Brasil, felizmente, tem a melhor matriz energética em termos de emissão de carbono. Temos que aprofundar esse caminho;.

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