Jornal Correio Braziliense

Economia

Álcool aumenta 9,2% e deixa o DF em primeiro lugar no ranking

O álcool subiu 6% somente na semana passada, com a maior expansão sendo registrada no Distrito Federal, onde o aumento foi de 9,2%, seguido de Paraná (6,69%), Santa Catarina (6,62%) e São Paulo (6,43%). Em todo o país, apenas em Mato Grosso compensa abastecer carros flex com o combustível, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em 25 estados e no DF, o preço do etanol representa mais do que 70% do valor da gasolina, o que torna o derivado de petróleo mais vantajoso nos tanques.

No Brasil, o preço mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,899 por litro e o máximo, de R$ 2,899. Em São Paulo, que concentra quase 60% do consumo, a gasolina aumentou sua competitividade na semana. O preço médio do combustível fóssil está em R$ 2,57 por litro nos postos paulistas, o que torna o álcool hidratado vantajoso só até R$ 1,799. Na média da ANP, o valor médio do derivado da cana-de-açúcar no estado ficou em R$ 2,118 por litro, 17,73% acima do ponto de equilíbrio.

;Houve pequena queda de até quatro centavos por litro em São Paulo, mas isso manteve o álcool fora da faixa competitiva da gasolina, o que vai permanecer até o fim de abril ou início de maio. Com o atraso da safra de cana, por causa das chuvas, há alguma importação de álcool anidro dos Estados Unidos. É para termos uma folga e evitarmos um gargalo logístico;, disse o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz.

As usinas de São Paulo começaram a colher a safra de 2011, mas as chuvas vêm impedindo que o ritmo de trabalho aumente conforme o planejamento, segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), entidade que representa produtores do Centro-Sul do Brasil, principalmente de São Paulo ; a região é responsável por mais de 50% da produção nacional de cana e por 60% da de etanol.

;Chove muito no Paraná e na região de Ribeirão Preto (SP). As usinas estão processando produto com excesso de água e baixo teor de sacarose;, justificou Pádua. Juntas, as 30 usinas que já estão moendo representam 12% de toda a produção de cana do Centro-Sul, o equivalente a 65 milhões de toneladas.