postado em 03/04/2011 09:30
Investir na reforma do imóvel sempre gera transtornos e custos elevados. Mas se os contratempos causados pelas obras são inevitáveis, pelo menos é possível economizar, pesquisando os melhores preços. Para auxiliar na hora do gasto, alguns bancos oferecem linhas de financiamento específicas para quem precisa adquirir materiais de construção, com juros mais vantajosos, em torno de 2% ao mês. Para efeito de comparação, as taxas do crédito direto ao consumidor (CDC) dos principais bancos do país variam entre 3% e 7% mensais ; dados do Banco Central. Além de procurar as condições de pagamento adequadas, o consumidor deve considerar alguns fatores importantes antes de iniciar o projeto.O ideal, mesmo, é ter uma economia para financiar a obra, e não recorrer às instituições financeiras. Mas se não foi possível poupar, os financiamentos para reforma e construção são a ponte mais próxima para dar uma cara nova ao lar. Contudo, para contratar esse tipo de empréstimo, é necessário cumprir algumas etapas. ;No caso da construção civil, as financeiras costumam pagar diretamente à loja na qual o material é adquirido. É uma espécie de fiscalização de quem concede o crédito. Apesar da burocracia, vai valer a pena, desde que os juros sejam os menores;, explica o educador financeiro Mauro Calil.
Em determinadas épocas do ano ; como no período de férias, por exemplo ; muitas pessoas correm não apenas às lojas de material de construção, mas também às instituições bancárias, em busca do crédito mais vantajoso, o que acaba aquecendo a demanda e elevando as taxas de juros.
Custo extra
O cliente que contrata a modalidade de crédito para reforma e construção deve ter uma ideia do que vai precisar desembolsar. A definição do orçamento da obra é o primeiro passo a ser tomado. ;Muitas vezes, as pessoas erram na hora de fazer as contas do que vão gastar durante a reforma, acrescentando itens que não estavam previstos, que encarecem o custo final;, diz Calil. Como nos shoppings, os gastos nas reformas também ocorrem por impulso. ;O consumidor deve ter plena consciência do que está fazendo. Não há problemas em decidir por levar uma pia mais cara ou uma torneira mais moderna, desde que haja uma reflexão antes da compra;, destaca.
A falta de planejamento adequado também pode gerar custos extras. Calil lembra que começar e interromper uma construção, por qualquer que seja o motivo, causa prejuízos ao bolso. ;O importante é dar continuidade ao projeto inicial, porque, se a obra parar, é quase certo que a pessoa vai acabar perdendo dinheiro;, lembra. O planejador de finanças pessoais Rogério Nakata recomenda que, para garantir um bom negócio, os valores a serem desembolsados devem ser colocados na ponta do lápis. ;É interessante que o consumidor procure em várias instituições até encontrar as melhores condições;, aconselha.