Economia

Chat do Correio tira dúvida do contribuinte

postado em 04/04/2011 08:26
O auditor Luiz Benedito lembra que deixar o IR para a última hora aumenta chances de erro e queda na malha finaFaltando menos de um mês para acabar o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) ; a data limite é dia 29 ;, o Correio promove amanhã, às 15h30, mais um chat para os contribuintes esclarecerem suas dúvidas antes de acertar as contas com o Leão. Desta vez, serão dois especialistas em tributação, um do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco) e o outro do Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco). Eles responderão as perguntas dos internautas em tempo real. Para iniciar a conversa virtual, basta acessar o site www.correiobraziliense.com.br.

O chat é uma oportunidade para que os trabalhadores saibam, por exemplo, quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda, quais são as possibilidades de isenção e de dedução, quem pode ser considerado dependente e como informar bens e aplicações financeiras. ;Não se deve deixar para declarar no fim do prazo estipulado pela Receita. Se houver ainda alguma dúvida, o contribuinte não terá mais tempo para esclarecê-la. Com isso, poderá preencher errado o documento e acabar caindo na malha fina;, alerta o auditor fiscal do Sindifisco Luiz Antônio Benedito.

O primeiro chat, realizado em 15 de março, contou com participação de 250 internautas. Dúvidas como se pessoas com câncer são isentas, onde informar na declaração saques no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e como declarar valores da compra de outras moedas foram esclarecidas. Os participantes da conversa virtual podem conferir suas respostas na internet.

Multa

Além do tira-dúvidas on-line com Benedito, do Sindifisco, e o especialista em tributação do Cenofiscco Jorge Lobão, o Correio publica diariamente coluna com questionamentos de leitores respondidos por profissionais dos dois órgãos. Os contribuintes podem encaminhar as questões para o e-mail ecconomia.df@dabr.com.br e aguardar a publicação da resposta.

Até as 17h30 da última sexta-feira, 5,3 milhões de contribuintes tinham declarado o Imposto de Renda à Receita Federal. O sistema do Fisco contabilizou cerca de 20 mil declarações recebidas por hora. A expectativa é que 24 milhões de pessoas acertem as contas até o fim de abril. Quem perder o prazo está sujeito a multa de R$ 165,74 (valor mínimo) a até 20% do imposto devido (valor máximo).

Liberação
Para quem tiver imposto a receber, é possível saber as datas possíveis da restituição. A Receita Federal divulgou o calendário de liberação dos sete lotes de devolução do IR de 2011. Eles serão liberados nos seguintes dias: 15 de junho (1; lote), 15 de julho (2; lote), 15 de agosto (3; lote), 15 de setembro (4; lote), 17 de outubro (5; lote), 16 de novembro (6; lote) e 15 de dezembro (7; e último lote).

A ordem de liberação das restituições obedecerá a forma e a data com que a declaração foi apresentada à Receita. Quem entregou via internet terá prioridade, seguido dos que declararam em disquete. A maioria dos contribuintes que fazem parte do primeiro lote têm mais de 60 anos de idade, já que o Estatuto do Idoso garante prioridade para essa parcela da população. O valor da devolução do imposto será creditado na conta bancária informada pelo contribuinte. Todas as restituições, quando liberadas, são atualizadas pela taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 11,75% ao ano.

; Cuidado ao antecipar a restituição
; Antecipar a restituição do Imposto de Renda pode ajudar os contribuintes que têm dívidas atrasadas com o cartão de crédito e cheque especial, por exemplo ; contas encarecidas por altas taxas de juros. Mas não é aconselhável sacar ; via financiamento bancário ; o recurso retido antes da hora, já que as taxas cobradas nesse tipo de operação variam entre 4% e 8%. O contribuinte também deve levar em consideração que, se cair na malha fina, terá que arrumar dinheiro de outra fonte para pagar a dívida com o banco, já que não receberá a devolução na data prevista. Também pode ocorrer de o imposto restituído vir menor que o esperado, por conta de erros nas informações prestadas à Receita Federal. O contribuinte deve analisar todos os riscos. A Receita tem até cinco anos para devolver o imposto devido.

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