postado em 05/04/2011 21:12
Entidades de defesa das populações indígenas reagiram à nota divulgada nesta terça-feira (5) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) que considerou ;precipitadas e injustificáveis; as recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) de suspender o licenciamento da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu (PA).;A posição do Brasil que classifica de ;precipitadas e injustificáveis; as determinações da CIDH/OEA demonstra uma postura extremamente contraditória do Brasil, enquanto pretenso candidato ao Conselho de Segurança da ONU;, diz a nota.
De acordo com as organizações não-govenamentais (Ongs), não há como o governo alegar ;perplexidade; diante da decisão da OEA. ;O Estado brasileiro respondeu aos questionamentos da Comissão Interamericana em documento de 17 de março de 2011;, diz a nota assinada pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Sociedade Paraense de Direitos Humanos, Justiça Global, Conselho Indigenista Missionário, Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo e pelo Instituto Amazônia Solidária e Sustentável.
A usina Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica no país, com capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência, menor, apenas, que a usina de Itaipu. Até agora, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para iniciar o canteiro de obras.