postado em 07/04/2011 12:20
Brasília - As famílias brasileiras mantiveram em março o mesmo otimismo de fevereiro em relação à situação socioeconômica do país, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (7/4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) manteve-se nos mesmos 65,3 pontos de fevereiro, ficando 2,8% abaixo do patamar de janeiro, quando foi registrado o maior índice da série (67,2) iniciada em agosto de 2010.A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todos as unidades federativas. Taxas até 20 pontos indicam grande pessimismo; de 20 a 40, pessimismo; de 40 a 60, moderação; de 60 a 80, otimismo; e de 80 a 100, grande otimismo. Para a formação do índice são levadas em conta as expectativas das famílias sobre a situação econômica nacional, condição financeira futura e percepção da atual, decisões de consumo, endividamento e condições de quitação de dívidas, e mercado de trabalho.
De modo geral, o índice mais otimista foi verificado na camada da população de renda de quatro a cinco salários mínimos, com 69,71 pontos. Em relação à escolaridade, a melhor expectativa foi da população com ensino superior incompleto (68,22). A maior pontuação otimista foi mais uma vez da Região Centro-Oeste, com 77,7 pontos, seguida por Sudeste (66,1) e Sul (65,6). As famílias do Norte e Nordeste apresentaram os menores índices, abaixo da média nacional, com 62,8 e 60,9 pontos, respectivamente.
Em março, 62,8% das famílias pesquisadas disseram acreditar que o Brasil passará por momentos melhores nos próximos 12 meses, um ponto acima do registrado no mês anterior. No entanto, o percentual de famílias que acreditam na piora da situação econômica brasileira nos próximos cinco anos aumentou de 15,8% para 17,9%. Quase 59% acham que ela melhorará até 2016.
Segundo o Ipea, 72,4% das famílias acreditam ter pouca ou nenhuma dívida. Além disso, a dívida média entre os que se declararam endividados caiu de R$ 5.468,57 em fevereiro para R$ 4.194,97 em março. No entanto, um indicador preocupante, de acordo com o instituto, é que 40,5% das famílias disseram não ter condições de pagar suas dívidas.
Em relação ao mercado de trabalho, 78,52% dos chefes de família se sentem seguros em sua ocupação atual, mesmo resultado de fevereiro. Em relação aos demais membros da família, o otimismo diminuiu, ficando em 73,7%. Em 39% das famílias há expectativa de se obter melhorias profissionais nos próximos seis meses.