Economia

Governo vai continuar tomando medidas contra inflação, diz Mantega

postado em 08/04/2011 14:41
São Paulo ; O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (8/4) que o governo continuará tomando medidas para conter a alta da inflação e a queda do dólar. Na quarta-feira (6/4), ele anunciou aumento de impostos sobre empréstimos tomados no exterior para conter a desvalorização do real e, nesta quinta-feira (7/4), da tributação do crédito a pessoas físicas para segurar o aumento de preços. Segundo Mantega, novas ações podem ser anunciadas.

;O governo sempre está atento para tomar medidas necessárias para manter a economia no seu equilíbrio, seja no ponto de vista da inflação, seja no ponto de vista do câmbio;, afirmou Mantega, após participar de um seminário sobre o futuro da economia nacional, em São Paulo.

O ministro preferiu não adiantar quais serão as possíveis novas ações do governo. Afirmou, contudo, que elas vão depender do resultado das medidas já tomadas, que não têm efeito imediato. ;Tomamos medidas que têm efeito no médio prazo;, afirmou o ministro, citando o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito pessoal.

Em sua palestra no seminário, Mantega admitiu que a inflação e o câmbio são desafios do país. Ele ressaltou, no entanto, que a inflação no Brasil tem motivos sazonais, como o aumento dos alimentos, e também é causada por fatores externos, como a crise no Oriente Médio. ;Tirando esses fatores sazonais ou essa inflação nos mercados internacionais, o Brasil está bem;, complementou.

Já quanto à queda do dólar, Mantega disse que isso é um dos ;problemas bons; causados pelo crescimento do país. Ele afirmou que a solidez da economia atrai investidores, que aplicam no Brasil e derrubam o valor do dólar ante o real.

Mantega disse que os investimentos externos são bem-vindos, principalmente os de longo prazo. O que o governo quer, segundo ele, é conter a entrada de capitais especulativos. ;É melhor o excesso de capitais do que a escassez;, afirmou. ;O que não permitiremos é que se criem bolhas. Nem na bolsa, nem no setor financeiro, nem no setor imobiliário.;

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