postado em 08/04/2011 17:02
São Paulo ; O aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre compras a prazo e empréstimos à pessa física não deverá ter efeitos reflexos imediatos na economia. A avaliação é do economista da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) Fábio Pina. ;Nós vamos ver mesmo efeito na segunda metade do ano;, disse ele.Pina teme que a medida tenha pouca força. Segundo ele, o consumidor brasileiro leva mais em consideração o valor da prestação do que o tamanho da taxa de juros. ;Eu tenho até um pouco de medo de falar isso, porque a próxima ideia que eu acho que o governo vai adotar é começar a restringir o crediário via prazo;, previu.
Outro problema, na opinião do economista, é o fato de as medidas de combate a inflação estarem sendo anunciadas separadamente. Para Pina, isso passa uma sensação de insegurança para o mercado, como se as autoridades econômicas não soubessem exatamente como lidar com a situação. ;De certa forma, o governo não fez a leitura mais adequada do que está acontecendo no cenário macroeconômico;.
A solução para o problema só virá, segundo o especialista, quando o governo adotar o que chamou de "medidas de base", como ;reforma fiscal, aumento de investimentos em infraestrutura e redução da carga tributária;. Apesar de serem medidas de longo prazo, Pina defende que, caso o governo sinalize comprometimento com essas reformas, o mercado tende a responder positivamente. ;Se ele começar a endereçar a solução de longo prazo, o mercado já antecipará isso.;