Economia

Petróleo perde mais de US$ 2 em Londres e Nova York

Agência France-Presse
postado em 11/04/2011 19:14

NOVA YORK - Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira em Nova York e Londres, em um mercado preocupado com o eventual impacto dos preços da energia sobre a recuperação econômica.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em 109,92 dólares, em queda de 2,87 dólares em relação ao fechamento de sexta-feira.

O barril de WTI registrava perdas limitadas na abertura, apagando os ganhos obtidos na sexta-feira. O WTI tinha subido a 113,46 dólares nas primeiras operações eletrônicas do dia na Ásia, seu nível mais alto desde setembro de 2008. "Se os preços do petróleo se mantiverem nesses níveis altos, a 110 dólares, 113 dólares ou mais, isso poderá frustrar a reativação econômica", observou Rich Ilzyszyn, da Lind-Waldock.

No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 2,67 dólares, a 123,98 dólares. Em suas perspectivas econômicas mundiais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) traçou um panorama bastante alentador, descartando a hipótese de um choque petroleiro. Mas a instituição afirmou, no entanto, que "as perspectivas do mercado petroleiro são muito incertas, podendo ser variável a percepção dos riscos geopolíticos que pesam sobre a oferta".

O Fundo revisou para baixo, em 0,2 ponto, sua previsão de crescimento da economia americana para o ano em curso, a 2,8%. Em geral, o avanço do mercado petroleiro tinha se acelerado demais, explicou Rich Ilczyszyn. Outras commodities, como o ouro, que tinha alcançado recordes históricos, sofreram com a tomada de benefícios.

Além disso, analistas do banco Goldman Sachs, um ator influente no mercado petroleiro, advertiram sobre uma eventual reversão de tendência, uma opinião dividida por outros analistas, completou Ilczyszyn.

A pressão no mercado diminuiu desde a abertura com a esperança da suspensão dos combates na Líbia. No entanto, a rebelião líbia rejeitou em Benghazi (leste), o cessar-fogo proposto pela União Africana (UA), que tinha sido aceitado por Muamar Kadhafi, explicando que rejeitará toda mediação que não inclua a partida imediata do líder líbio.

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