postado em 13/04/2011 16:50
A soma das exportações do agronegócio brasileiro no período de 12 meses terminado em março registrou um novo recorde. Com US$ 79,8 bilhões em vendas entre abril de 2010 e março de 2011 e a alta dos preços das commodities (produtos básicos cotados internacionalmente), o país deve superar,em breve, a marca dos US$ 80 bilhões. Em 2010, os embarques renderam, no acumulado do ano, US$ 76,4 bilhões.As exportações no período, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cresceram 19,7% em relação ao período de abril de 2009 a março de 2010. Como as importações do setor foram de US$ 14,3 bilhões, um aumento de 35,7% em relação ao período imediatamente anterior, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 65,5 bilhões.
As exportações em março, com US$ 7,4 bilhões, representaram o maior valor para o mês, com aumento de 22,6% em relação a março do ano passado. As importações de US$ 1,4 bilhão, com crescimento de 23,9%, também atingiram a maior marca mensal da série histórica, iniciada em 1989, deixando o superávit da balança em US$ 5,9 bilhões.
Complexo soja; café; cereais, farinhas e preparações; carnes; e complexo sucroalcooleiro foram os principais responsáveis pela expansão de US$ 1,4 bilhão nas exportações do mês em relação a março de 2010. As vendas do complexo soja (US$ 2,05 bilhões) aumentaram US$ 426 milhões, as do café (US$ 704 milhões) cresceram US$ 269 milhões, e as de cereais, farinhas e preparações subiram US$ 136 milhões, alcançando US$ 387 milhões. Os embarques de carnes (US$ 1,36 bilhão) aumentaram US$ 216 milhões e o complexo sucroalcooleiro (US$ 899 milhões) teve crescimento de US$ 192 milhões. Juntos, esses cinco setores ampliaram sua participação de 67,2% para 73,2% do total exportado.
Entre os blocos econômicos e regiões, o agronegócio brasileiro só não aumentou suas vendas, no mês de março, para os países americanos que não integram nenhum bloco econômico. Os destinos que ampliaram as compras de commodities foram Oceania (%2b143,8), países da Europa Ocidental fora da União Europeia (%2b85,5%), África (%2b80,6%) e Europa Oriental (%2b54,2%). Em termos de participação, a África, que enfrenta um período de conflitos, teve o maior crescimento, passando de 6,8% para 10% do total exportado.