postado em 26/04/2011 08:00
O iPad 2 deve chegar ao mercado Brasileiro no início de junho. A informação é atribuída a duas fontes que vão trabalhar na distribuição do produto no país, ouvidas pelo site especializado Macworld Brasil. Ainda cautelosa, a Apple prefere não confirmar a data. Os primeiros aparelhos seriam importados para suprir a procura por modelos da primeira geração do tablet que já se esgotaram no país, como a Wi-Fi de 16GB. Tecnicamente, a segunda versão do iPad já pode ser vendida em solo nacional desde 31 de março, dia da sua homologação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Os primeiros iPads 2 começaram a ser vendidos nos Estados Unidos em 11 de março. Na Europa, eles chegaram em 25 de março. Na ocasião, os consumidores lotaram as lojas e formaram imensas filas na ânsia de pôr as mãos no produto, que se esgotou em poucos dias. Os preços do dispositivo no Brasil ainda não foram confirmados, mas é possível que a Apple siga o exemplo dos EUA, onde a segunda versão substituiu a primeira, adotando seus preços. Atualmente, a geração antiga do tablet sai a partir de R$ 1.399 no país.
Na ocasião de lançamento do primeiro iPad, a homologação ocorreu em agosto do ano passado, quatro meses após o início das vendas do produto nos Estados Unidos. Mas o equipamento só começou a ser comercializado no Brasil depois de quatro meses, em dezembro. O temor é que, a exemplo do que ocorreu antes, a dificuldade da Apple em atender a demanda atrapalhe a chegada do tablet ao país. Além disso, o terremoto que arrasou o Japão ; o principal fornecedor de componentes para o produto ; agravou o problema.
Em visita à China no início do mês, a presidente Dilma Rousseff assinou um acordo com a Foxconn, que fabrica produtos da Apple, para que a empresa instale uma segunda fábrica no Brasil e inicie a produção em São Paulo, entre outros equipamentos, do iPad 2. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, chegou a dizer que o acordo entre Brasil, Apple e Foxconn garantirá o início da produção nacional até novembro. A estimativa é que, quando fabricado por aqui, o preço do modelo mais simples do iPad 2 caia para cerca de R$ 990, devido às isenções fiscais prometidas pelo governo.
A estimativa é de que a Foxconn banque entre 40% a 50% do projeto de investimento de US$ 12 bilhões. O restante viria de parceiros brasileiros e de financiamento ou participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma das justificativas para a decisão da Foxconn está no aumento dos custos de produção na China. Prova disso é que o governo chinês já anunciou a intenção de dobrar a remuneração dos trabalhadores até 2015. Outro agravante é a apreciação do iuan.
Entre as principais inovações no tablet, estão a espessura 33% menor que a primeira geração, chegando a 8,8mm. A dieta resultou na perda de peso. O novo dispositivo tem 590 gramas, contra 680 gramas do primeiro. O iPad 2 também é oferecido na cor branca ; antes, só havia a cromada. Outras inovações são a inclusão de duas câmeras, uma frontal e outra traseira, além do novo processador A5, de núcleo duplo, com capacidade gráfica nove vezes maior que a versão anterior (A4). A velocidade dobrou e a presença da conexão HDMI permite ao usuário transmitir vídeos em alta resolução armazenados na memória do aparelho.
Privacidade
Análise realizada por um especialista consultado pelo jornal americano The Wall Street Journal confirmou que o iPhone nunca para de atualizar o histórico de sua localização, mesmo sem o consentimento do usuário. As informações do arquivo seriam mantidas por tempo indeterminado e sincronizadas entre dispositivos diferentes. A manobra permitiria que a Apple aproveitasse as informações pessoais dos clientes para fins comerciais. Em pelo menos duas ocasiões, clientes já processaram a companhia por invasão de privacidade. Até o momento, a empresa de Steve Jobs não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
PELO DIREITO À BANDA LARGA
Entidades de defesa do consumidor lançaram ontem o manifesto Banda larga é um direito seu, para alertar a população sobre o que consideram ;uma disposição menor; do governo em enfrentar os interesses das grandes operadoras nas negociações para expandir o acesso à internet no país. Em Brasília, o ato ocorreu na Quadra 201 Norte. Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), explicou que um dos focos é a retirada, por parte do governo, da obrigação de as operadoras construírem uma infraestrutura ampliada de conexão das cidades brasileiras. Os órgãos pró-usuários exigem ainda preços menores e maior qualidade para os serviços de banda larga no país. O Brasil é apontado como um dos mais atrasados entre as nações que investem na universalização do acesso à rede mundial de computadores.