postado em 26/04/2011 12:35
A economia de recursos para pagar os juros da dívida pública de janeiro a março superou a meta prevista para os quatro primeiros meses do ano. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) somou R$ 25,874 bilhões nos três primeiros meses do ano, quase R$ 3 bilhões a mais que a meta de R$ 22,9 bilhões para o primeiro quadrimestre.O superávit primário é R$ 17,7 bilhões maior que no mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2010, o esforço fiscal havia somado R$ 8,1 bilhões.
Em março, o superávit foi de R$ 9,134 bilhões. Foi o melhor resultado para o mês desde 2008, quando a economia havia sido de R$ 10,606 bilhões. Em março do ano passado, o Governo Central tinha registrado déficit de R$ 4,553 bilhões.
Os números haviam sido antecipados mais cedo pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social no Palácio do Planalto. ;Estamos cumprindo com folga o resultado de superávit primário, com estes R$ 25 bilhões;, disse o ministro. Os dados completos, no entanto, só foram divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional.
O esforço fiscal maior é resultado do crescimento de 17,7% da receita líquida e da desaceleração das despesas, que subiram 7,1% no acumulado de 2011 em relação ao primeiro trimestre de 2010. Em fevereiro, o crescimento era de 15,2%. No acumulado do ano, os gastos com pessoal subiram 3,6% e os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 15,2%.
A maior desaceleração ocorreu nos investimentos, que totalizaram R$ 10,4 bilhões no primeiro trimestre e cresceram 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Até fevereiro, o crescimento acumulado era de 25%.
Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 5,462 bilhões de janeiro a março, crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas com o PAC podem ser abatidas da meta de superávit primário, mas o governo afirmou que não pretende usar o mecanismo neste ano, como ocorreu em 2009 e 2010.