Economia

Para EUA a América Latina desconfia da Alca

Agência France-Presse
postado em 26/04/2011 16:20
Washington - Governos da América Latina seguem desconfiando da criação da área de livre comércio das Américas (Alca), um projeto frustrado em 2005, reconheceu nesta terça-feira (26/4) o subsecretário americano de Comércio, Francisco Sánchez.

"Provavelmente seria preciso uma mudança de ideias em algumas capitais da América Latina antes que possamos reviver a Alca", declarou Sánchez durante uma intervenção em um centro de análises em Washington.

Sánchez participará do Fórum Econômico Mundial que ocorre na próxima semana no Rio de Janeiro.

"Acredito que não deveríamos esperar que a Alca seja ressussitada, há muitas outras coisas que podemos fazer", explicou Sánchez no centro de política progressista NDN.

Sánchez declarou-se um "entusiasta" da Alca, um projeto que nasceu em 1994 para ir reduzindo progressivamente as barreiras comerciais em todo o continente.

A Alca morreu ante a oposição dos líderes mais de esquerda da região na Cúpula das Américas de 2005, em Mar del Plata, Argentina.

O funcionário de alto escalão citou especificamente os acordos de livre comércio dos EUA com a Colômbia e Panamá como um novo passo na agenda comercial do governo do presidente Barack Obama a curto prazo, junto ao da Coreia do Sul.

"Acredito muito que podemos apresentar estes três acordos (perante o Congresso) neste ano", disse.

Os acordos com Colômbia e Panamá, que aguardam ratificação desde 2006 e 2007, respectivamente, receberam um forte impulso negociador nas últimas semanas.

O governo de Obama quer duplicar as exportações americanas até 2015 e a América Latina é importante para conquistar isso, enfatizou Sánchez.

O subsecretário para Comércio Internacional se reunirá no Brasil com autoridades do governo para identificar áreas onde seja possível reduzir barreiras, e para debater temas como transparência e direitos de propriedade intelectual.

Obama visitou o Brasil nos dias 19 e 21 de março dentro de seu primeiro giro pela América do Sul.

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