Economia

Inflação deve fechar o ano perto do teto da meta, prevê a Fipe

postado em 03/05/2011 16:09
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, Antonio Evaldo Comune, elevou de 5,5% para 6% a previsão da taxa de inflação para 2011. Se confirmado, o resultado ainda ficará em sintonia com a meta do governo federal para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), prevista em 4,5% com possibilidade de variação de dois pontos percentuais (entre 2,5% e 6,5%).

Para o economista, em maio, o IPC deverá ficar em 0,4% ante 0,7% de abril e manter essa mesma variação nos meses subsequentes, caso não ocorram mudanças expressivas no mercado internacional que provoquem ajustes de preços das commodities (produtos básicos, como grãos e minérios, cotados internacionalmente). Nem mesmo a concentração de importantes datas-base de várias categorias de trabalhadores no segundo semestre pode ameaçar essa estabilidade, apontou ele. ;Se tiver algum impacto vindo dos salários, só será sentido no ano que vem;.

Ainda assim, os alimentos continuarão forçando o avanço inflacionário este mês. A taxa, que em abril ficou em 0,46%, deve ser elevada para 0,61%. No entanto, à medida que a nova safra agrícola entrar no mercado, a tendência é de estabilização dos preços, explicou Comune.

O grande vilão da inflação, por enquanto, tem sido transporte, cujos preços relativos subiram 1,44% ante alta de 1,04% em março. Culpa dos combustíveis. Para encher o tanque com etanol, o consumidor pagou, em média, no mês passado, 10,36% mais do que em março e 47,67% acima do valor desembolsado em maio do ano passado.

Com o início da moagem da cana-de-açúcar nas usinas, os preços do etanol devem cair, estimou o economista. Mas, por enquanto, para quem tem carro bicombustível, ;ainda é mais vantagem optar pela gasolina;. O etanol é mais vantajoso quando não ultrapassa 70% do valor da gasolina. Atualmente, está custando mais de 80%, na média nacional.

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