Economia

Grécia nega saída da Zona do Euro

postado em 07/05/2011 09:56
A Comissão Europeia e o governo da Grécia negaram ontem a notícia de que o país está perto de deixar a Zona do Euro. Eles reagiram à reportagem da revista alemã Spiegel Online, segundo a qual os 17 ministros de finanças do bloco que adota a moeda única, além de autoridades da União Europeia (UE), agendaram reunião de emergência em Luxemburgo, para discutir a grave crise fiscal da Grécia e a imediata reestruturação da dívida do país. De toda forma, os rumores, reforçados pelo recente socorro financeiro dado a Portugal, derrubaram ontem o euro para o seu mais baixo valor desde janeiro.

Segundo a Spiegel, a reunião de ministros teria sido convocada sob máximo sigilo. Em preparação, representantes das maiores economias da região já teriam se encontrado. O vice-ministro de Finanças da Grécia, Filippos Sachinidis, chamou as notícias de falsas, sendo apoiado por autoridades de outros governos da eurozona. Cálculos do Ministério das Finanças da Alemanha mostram que, se a Grécia abandonasse o euro, a retomada da própria moeda viria acompanhada de desvalorização de 50%, além de elevar a dívida para o dobro do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país).

Aperto
O Banco Central Europeu (BCE) está no começo de um ciclo de alta de juros, avisou ontem o presidente da instituição, Jean Claude Trichet. Segundo ele, a autoridade monetária atravessa momento idêntico a dezembro de 2005, quando deu início a um aperto monetário. Trichet afirmou que a disparada recente da inflação será ;transitória; caso o BCE ;tome a decisão certa;. Na quinta-feira, o BCE decidiu manter o juro básico em 1,25% ao ano.

Desemprego avança nos EUA
O mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu 244 mil vagas em abril, bem acima das 180 mil previstas por analistas. Apesar do bom desempenho, a taxa de desemprego subiu, passando de 8,8% em março para 9% em abril. Segundo o governo, as contratações foram puxadas pelo setor privado, que criou 268 mil oportunidades, a melhor performance desde fevereiro de 2006. Trata-se de 14 meses seguidos de crescimento do empregos na livre iniciativa, gerando 2,1 milhões de vagas no total. Calcula-se que 8 milhões de empregos tenham sido perdidos durante 18 meses de crise, até junho de 2009.

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