Agência France-Presse
postado em 11/05/2011 17:32
Nova York - Os preços do petróleo fecharam em queda em Londres e em Nova York nesta quarta-feira (11/5), influenciados por sinais de desaceleração da demanda, por dados sobre novos aumentos nas reservas dos Estados Unidos e pelo fortalecimento da moeda americana.No New York Mercantil Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho encerrou o pregão cotado a 98,21 dólares, em baixa de 5,67 dólares (-5,46%) em relação à terça-feira.
Com isso, o WTI praticamente apagou as altas apresentadas na segunda e terça-feira, após um recuo de mais de 15% na semana passada.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte, com vencimento também para junho perdeu 5,06 dólares, encerrando o dia cotado a 112,57 dólares.
"Há uma combinação de fatores que estimularam a baixa nos mercados financeiros e trouxeram debilidade ao mercado do petróleo", explicou Matt Smith, da Summit Energy.
As perdas se aceleraram depois da publicação do relatório sobre reservas americanas, que evidenciou sinais de debilidade da demanda ante uma oferta abundante.
Segundo o relatório, os estoques de petróleo aumentaram 3,8 milhões de barris nos Estados Unidos na semana passada, superando a expectativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que era de 1,2 milhões de barris. "A alta da reserva foi o principal dado do dia, além de que a demanda apresentou desaceleração na semana passada, disse Smith.
De acordo com os Estados Unidos, os estoques de gasolina aumentaram em 1,3 milhão de barris, sendo que os especialistas projetavam um redução de 700 mil barris. A demanda de gasolina registra um declínio de 2,4% em relação a um ano atrás.
Como os preços da gasolina caíram, o preço do barril também foi puxado, dizem os especialistas. Com isso, o contrato de referência terminou em baixa de 7,6%.
O tom negativo do pregão desta quarta-feira havia sido dado desde as operações eletrônicas prévias a abertura da Bolsa de Nova York, devido à política anti-inflacionária da China. A inflação se moderou levemente em abril (%2b5,3%) no gigante asiático, mas o país anunciou um grande combate de Pequim contra as pressões inflacionárias, o que empurrou o petróleo para baixo.
"A conclusão de que a China manterá sua política de desaceleração (do crescimento) para controlar os temores de inflação anuncia um impacto negativo sobre a demanda de petróleo pelo país", disse Jhon Kilduff, da Again Capital.