postado em 12/05/2011 12:45
São Paulo - A continuidade dos financiamentos para a casa própria e as grandes obras de infraestrutura na preparação do país para sediar a Copa do Mundo, em 2014, entre outros programas de melhoria associados à expansão econômica brasileira, vão garantir que, neste ano, o setor da construção civil se mantenha em alta. É o que mostra um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).Segundo o Dieese, os empresários do setor acenam com a possibilidade de um crescimento em torno de 8,5%. Essa taxa está um pouco abaixo do resultado registrado no ano passado (11,6%), período em que o setor atingiu o seu melhor desempenho nos últimos 24 anos. No entanto, essa estimativa indica um cenário de atividades mais favoráveis à construção civil do que o previsto na média para o conjunto de todos os setores. A previsão para o crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB), que é a soma das riquezas produzidas pelo país, é de 4,5% - ante um crescimento de 7,5% no ano passado.
;Muitas atividades que estão recebendo investimentos, sejam públicos ou privados, influenciam, diretamente a cadeia de construção, como a ampliação e a construção de novas fábricas, shoppings, centros de compras, construção e reformas de postos de saúde, entre outras;, diz o estudo.
O estudo destaca o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1, lançado em 2007, que destinou R$ 657,4 bilhões em investimentos para um período de três anos. Desse total, R$ 216,9 bilhões se referem ao financiamento habitacional para pessoa física.
Já a segunda etapa do PAC, lançada em março do ano passado, prevê investimentos de R$ 1,59 trilhão, sendo R$ 955 bilhões entre 2011 e 2014. Desse total, R$ 278,2 bilhões foram reservados para o Programa Minha Casa Minha Vida e R$ 109 bilhões para a área de transportes, com obras de construção de rodovias, de aeroportos, da malha ferroviária, de portos e hidrovias. Os recursos incluem ainda mais R$ 57,1 bilhões para o Programa Cidade Melhor que prevê a melhoria do sistema de saneamento, prevenção de áreas de risco, mobilidade urbana e pavimentação.
O estudo do Dieese ressalta que, para receber o grande número de pessoas que virão ao país para assistir aos jogos ou trabalhar na Copa do Mundo de Futebol de 2014, as cidades que sediarão os jogos terão de ;melhorar a mobilidade urbana e as instalações de estádios e arenas esportivas em ações com parcerias entre o governo federal e os governos estaduais e municipais e envolverão também os clubes de futebol;. Os investimentos estão estimados em R$ 17 bilhões dos quais R$ 11,4 bilhões para a mobilidade urbana e R$ 5,7 bilhões para os estádios.