postado em 13/06/2011 07:13
A Indonésia declarou apoio ontem à ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde, para ocupar a chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI), um dia após o presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, lançar sua candidatura para o posto também disputado pelo presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens.[SAIBAMAIS]Anteriormente, a Indonésia não havia se comprometido com nenhuma candidatura, uma vez que os países do sudeste asiático discutiam a possibilidade de lançar um candidato da região. Lagarde, com apoio formal da União Europeia (UE) e de alguns países pequenos, recebeu ontem uma mensagem de aprovação do ministro das Finanças indonésio, Agus Martowardojo. Várias economias emergentes têm criticado a tradição de o FMI ser comandado por europeus, mas tudo indica que até o apoio do governo brasileiro será para Lagarde, uma vez que os demais concorrentes têm pouquíssimas chances de vitória.
A ministra francesa, que está em uma turnê pelo mundo em busca de suporte à sua candidatura, disse ontem, no Cairo, que conseguiu um apoio ;bastante afirmativo; na capital egípcia. Os Emirados Árabes Unidos também já declararam ontem apoio formal a Lagarde.
O posto de diretor-gerente do FMI ficou vago após a renúncia do também francês Dominique Strauss-Khan, em 19 de maio. Strauss-Kahn foi preso em 14 de maio sob a acusação de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York e responde ao processo em prisão domiciliar.
Fischer, que já ocupou o segundo cargo mais importante na hierarquia do FMI, lançou sua candidatura para a chefia do fundo no último sábado. A decisão de Fischer pareceu uma cartada de difícil sucesso, já que ele está com 67 anos, dois a mais do que o limite para se candidatar à vaga. O próprio ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, disse ontem que o economista israelense tem poucas chances de vencer a disputa.
Ataque cibernético
O ataque cibernético ocorrido na última sexta-feira contra o site do FMI teve o objetivo de roubar informações privilegiadas, segundo um especialista em segurança cibernética. O FBI, polícia federal norte-americana, está investigando o ataque, o mais recente de uma série de violações cibernéticas que visaram grandes empresas e instituições importantes. ;O ataque ao FMI foi claramente desenhado para infiltrar-se no fundo com a intenção de conquistar informações sensíveis e privilegiadas;, disse ontem o especialista Mohan Koo.