Economia

UE promete nova ajuda a Grécia em julho, mas mantém pressão

Agência France-Presse
postado em 23/06/2011 22:57
A União Europeia prometeu nesta quinta-feira uma nova ajuda à Grécia em julho para evitar uma bancarrota que possa provocar uma catástrofe financeira em escala planetária, mas manteve a pressão para que seu Parlamento adote um impopular plano de ajustes rejeitado pela oposição.

Os líderes europeus instruíram seus ministros das Finanças a canalizar os trabalhos para "tomar as decisões necessárias" sobre um apoio à Grécia no "início de julho", segundo acordaram ao término do primeiro dos dois dias de uma cúpula da UE, em Bruxelas, dominada pela crise financeira grega.

Mas em troca do novo resgate, o segundo em um ano para Atenas, os europeus exigiram a adoção "urgente" do programa de austeridade, cujos últimos detalhes foram acordados nesta quinta-feira entre o governo e a denominada troika - a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O programa prevê cortes sociais, aumento de impostos, uma onda de privatizações e uma série de medidas rejeitadas em massa pela opinião pública, pela oposição e os sindicatos, que convocaram uma nova greve geral para os dias previstos para sua votação, 28 e 29 de junho.

O líder da oposição conservadora, Antonis Samaras, recebeu uma enxurrada de críticas indiretas da UE, que pediu a "todos os partidos" políticos "unidade e apoio" ao plano do governo socialista de Giorgos Papandreou.

Merkel instou a oposição a estar "à altura de sua responsabilidade histórica", enquanto o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, tachou de "irresponsável" fazer os gregos acreditarem que "podem se safar da pressão e que não precisam de reformas".

Dependendo da votação do Parlamento grego, os europeus decidirão em uma reunião chave no dia 3 de julho se desbloqueiam uma ajuda para evitar a falência imediata e se lançam as bases do novo resgate.

Papandreou pediu oficialmente o lançamento deste segundo plano, após o adotado no ano passado pela zona do euro e pelo FMI por um montante de 110 bilhões de euros.

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