Economia

Milhares participam de greve geral contra ajustes na Grécia

Agência France-Presse
postado em 28/06/2011 09:57
Manifestantes incendiaram carro de emissora de televisão durante confronto com policiais em frente ao Parlamento gragoAtenas - Milhares de pessoas saíram às ruas de Atenas e Tessalônica (norte) e entraram em confronto com policiais gregos, para protestar contra o novo ajuste fiscal discutido pelo parlamento a partir desta terça-feira (28/6). A greve geral de 48 horas, em repúdio às medidas de austeridade propostas pelo FMI e UE, foi deflagrada pelos principais sindicatos do país. Ontem, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, discursou pedindo apoio para a aprovação das medidas que devem ser votadas no Parlamento até quinta-feira (30/6).

Os manifestantes, aos gritos de "O projeto de lei não passará", confluíam ao longo da manhã para a praça Syntagma, diante do Parlamento, onde já acampam há mais de um mês os chamados "indignados", inspirados em um movimento similar que surgiu em maio passado na Espanha.

Cerca de 4.000 simpatizantes da Frente de Trabalhadores (sindicato Pame, pró-comunista) chegaram duas horas antes a essa praça, segundo informações de um jornalista da AFP. A polícia mobilizou cerca de 4.000 efetivos para escoltar as marchas, numa capital que está com a circulação bloqueada.

Cortes de energia elétrica, voos cancelados e transportes coletivos paralisados em Atenas, com exceção do metrô, também marcam o início da paralisação. Nos aeroportos, muitos voos domésticos das companhias Aegean e Olympic Air foram cancelados em consequência da paralisação dos controladores aéreos.

[SAIBAMAIS]Esta é a quarta greve geral convocada pelas duas grandes centrais sindicais do país: GSEE (setor privado) e Adedy (funcionalismo público). Os grevistas, mais numerosos no setor público que no privado, rejeitam o plano plurianual de austeridade 2012-2015 que o Parlamento deve votar esta semana.

O plano prevê novos sacrifícios para a população em troca de uma ajuda financeira dos sócios europeus e dos credores, em particular um novo aumento dos impostos e novos cortes de empregos no setor público.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação