Agência France-Presse
postado em 28/06/2011 18:10
WASHINGTON - Christine Lagarde, a nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional chega num momento delicado para a instituição, com a gestão da crise grega entre os temas mais urgentes.. Grécia
Grande parte do crédito do FMI está na Grécia, um país submetido a um programa de austeridade e privatização em troca do que seria o maior empréstimo da instituição, se for realizado. A nova diretora-gerente terá que demonstrar aos Estados membros, cujos recursos tem sido comprometidos, que o país pode se recuperar da crise econômica e orçamentária em que afundou.
. Os primeiros "relatórios de contágio"
O FMI publica em julho uma série muito esperada de relatórios sobre o impacto transfronteiriço da política das cinco maiores economias do mundo (China, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e a Zona do Euro). A nova diretora-gerente deve defender sua credibilidade.
. Egito
O país provavelmente vai precisar de financiamento internacional para recuperar uma economia atingida pelas consequências da revolução. No entanto, o governo do Cairo decidiu, por enquanto, recusar o dinheiro do FMI, uma instituição pouco popular no país mesmo antes da intervenção.
. O sistema monetário internacional
O FMI deve revisar no outono (boreal) a base de vigilância sobre as taxas de câmbio dos países, que não satisfaz a muitos. A nova diretora-gerente terá o difícil compromisso com a China, que quer praticar a política cambial que considerar mais interessante para o país, enquanto outros esperam que o Fundo penalize um Estado membro tão grande com uma moeda significativamente subvalorizada que prejudica a competição no mercado mundial.