Economia

Obama tenta destravar negociações sobre dívida dos EUA

Agência France-Presse
postado em 10/07/2011 21:42
Washington - O presidente Barack Obama recebe neste domingo (10/7) os líderes parlamentares republicanos e democratas na Casa Branca para tentar avançar nas negociações sobre a alta do teto legal da dívida pública e evitar um default em 2 de agosto.

Na reunião, prevista para as 18h00 locais na residência de Camp David, participam, entre outros, os republicanos John Boehner, presidente do Congresso, e Mitch McConnell, combativo líder da minoria opositora no Senado.

O governo pretende conseguir um acordo que lhe permita alterar o limite da dívida pública, estabelecido legalmente em 14,29 trilhões de dólares, e já alcançado em meados de maio. O Departamento do Tesouro advertiu que em caso de esse teto não se modificar, o país entrará em default em 2 de agosto.

Na noite de sábado, Boehner anunciou, em nome dos republicanos, que as negociações estavam bloqueadas porque seu partido rejeitava as contrapartidas oferecidas pelo governo federal democrata para aumentar o teto da dívida.

A oposição republicana, majoritária no Congresso, nega-se a alterar esse limite se o governo não cortar o gasto público em 4 trilhões de dólares. Os democratas, majoritários por sua vez no Senado, rejeitam esses cortes e propõem em troca aumentar os impostos para os mais ricos.

O governo propôs em abril uma combinação de cortes sociais com aumentos de impostos com o objetivo de economizar 4 trilhões de dólares em dez anos, mas Bienner disse no sábado que rejeitava essa ideia.

"Apesar dos esforços feitos, de boa fé, para encontrar um consenso, a Casa Branca anunciou que não continuará buscando um acordo mais amplo de redução da dívida sem proceder com altas de impostos. Creio que o melhor será concentrar-se em uma medida mais limitada", afirmou Boehner.

Boehner propôs retomar um projeto anterior de reduzir o déficit em 2,4 trilhões de dólares em 10 anos com base em cortes nos gastos sociais do Estado.

Os democratas insistem em uma redução maior do déficit, mas que não carregue "todo o peso dos sacrifícios sobre as classes médias e os idosos", segundo disse neste domingo o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

O endividamento americano alcançou soma recorde de 14,29 trilhões de dólares e continua crescendo ao ritmo do déficit orçamentário, que neste ano deve ficar em 1,6 trilhão de dólares.

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