postado em 14/07/2011 08:32
A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) reduziu a sua perspectiva para o crescimento brasileiro em 2011. Relatório preliminar publicado em dezembro de 2010 apontava um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 4,6% no período. Passados mais de seis meses, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) agora acredita que a expansão será menor, de 4%. ;Esse crescimento é uma resposta da economia brasileira às medidas prudenciais de política econômica, ao cenário externo mais instável, à elevação dos juros no país e ao menor crescimento do crédito;, justificou o economista do escritório da Cepal no Brasil Carlos Mussi.A perspectiva de expansão mais tímida do PIB brasileiro pela Cepal chama ainda mais atenção quando comparada às previsões da agência da ONU para a região. Em dezembro de 2010, a expectativa da Cepal era de que a América Latina e o Caribe crescessem 4,2%. Agora, essa estimativa foi elevada para 4,7%, impulsionada pelo aumento do consumo interno. ;O crescimento que se passou no Brasil em 2009 e 2010 está agora se repetindo na região. Ainda há uma certa pujança do consumo no país, só que a taxas menores;, explicou Mussi.
Inflação
Nos cálculos da Cepal, o crescimento regional implica em um aumento de 3,6% do PIB por habitante em 2001. Para 2012, o organismo estima uma expansão de 4,1% na economia da América Latina e do Caribe, equivalente a um aumento de 3,0% no produto por habitante. Em decorrência, a entidade estima que haverá redução da taxa de desemprego de 7,3% em 2010 para algo entre 6,7% e 7% em 2011.
Mas em seu relatório, divulgado ontem no Chile, a Cepal advertiu que o crescimento regional vem associado a fenômenos que não são bem-vindos, como a inflação. ;Até que ponto estão a América Latina e o Caribe preparados para administrar o crescimento econômico?;, questionou a secretária executiva da entidade, Alicia Bárcena. ;Devemos recuperar o espaço fiscal para ter a capacidade de adotar medidas que assegurem um crescimento sustentado, com emprego produtivo e igualdade;, recomendou.