Agência France-Presse
postado em 19/07/2011 13:45
Milão - A presença de manequins vivos nas vitrines da loja de departamento italianas Coin em Milão, no norte da Itália, suscitou polêmica no país. Os críticos "fizeram justamente publicidade para nós. Nos acusaram de comercializar o corpo humano, mas não inventamos nada. Isso se faz em todo o mundo. São apenas negócios", declarou a jornalistas Stefano Beraldo, administrador da Coin.A principal confederação sindical italiana, a CGIL, havia protestado contra a presença de manequins vivos nas vitrines, assegurando "querer defender o decoro dos trabalhadores e a inteligência dos clientes". Após esse protesto sindical, os manequins, vestidos com trajes de banho em uma vitrine simulando uma praia, retomaram seu trabalho exibindo um cartaz indicando "atuar como manequim também é um trabalho".
"Não vejo escândalo algum, fazemos nosso trabalho e há muitos outras lojas que fazem a mesma coisa. Nosso trabalho é fazer a publicidade para objetos e roupas. Algumas pessoas se divertem, outras não, mas muitos jovens nos apoiam", declarou à AFP Matteo Cupelli, de 19 anos, um dos manequins. Beraldo afirmou que o grupo manterá sua campanha publicitária que oferece trabalho aos jovens e os paga, respeitando a todas as regras.