Economia

Casa Branca adverte Congresso para 'não brincar com fogo'

Agência France-Presse
postado em 23/07/2011 18:42
WASHINGTON - A Casa Branca advertiu neste sábado o Congresso dos Estados Unidos para "não brincar" com fogo sobre a economia, ao final da reunião entre o presidente Barack Obama e os líderes dos grupos legislativos visando a um acordo sobre o aumento do teto da dívida.

"O Congresso não deve se entregar a jogos políticos temerários quando se trata da nossa economia. No lugar disto, deveria ser responsável e fazer seu trabalho, impedir um default e cortar o déficit" no orçamento, afirmou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney.

As negociações continuam, deu a entender Carney. "Os dirigentes (do Senado e da Câmara) aceitaram falar com seus grupos no Congresso para discutir uma maneira de avançar, e as conversações vão prosseguir durante todo o dia" de hoje, disse Carney.

Durante a reunião na Casa Branca, Obama se manteve firme no princípio de um aumento do teto da dívida por dois anos, até a eleição presidencial de novembro de 2012, na qual é candidato, destacou Carney.

O encontro teve a participação do líder democrata do Senado, Harry Reid, do republicano Mitch McConnell, da líder democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, e do presidente da mesma Casa, o republicano John Boehner.

O vice-presidente, Joe Biden, também participou das conversações, no gabinete da Casa Branca.

Em entrevista por telefone, Boehner disse que planeja chegar a um acordo com seus colegas republicanos e a Casa Branca no prazo de 24 horas.

Já McConell explicou que na reunião Obama "quis saber se há um plano para se evitar o default". "Os dois partidos (republicano e democrata) querem trabalhar em uma nova lei que evitará o default a partir da redução substancial dos gastos de Washington".

Nancy Pelosi destacou que "tudo indica que há esperanças" de que um acordo possa ser obtido na segunda-feira. "Temos que aproveitar cada momento".

Obama voltou a se reunir com os líderes do Congresso hoje numa verdadeira corrida contra o relógio, em busca de um acordo para aumentar a capacidade de endividamento dos Estados Unidos e evitar um calote.

O presidente insiste em que qualquer acordo passe pelo aumento dos impostos pagos pelas grandes corporações e os setores mais ricos da economia - uma proposta à qual se opõem os adversários republicanos e que vem sendo um dos pontos mais importantes do acordo.

"Esse é o ponto central desta proposta: cortes importantes, equilibrados por algumas novas receitas", disse o presidente em seu discurso semanal.

Todos os esforços são destinados a aumentar o limite da dívida dos Estados Unidos, de 14,3 trilhões de dólares, antes de 2 de agosto, quando o governo da nação mais rica do mundo ficará sem dinheiro para pagar suas contas.

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