Economia

Secretário do Tesouro dos EUA diz que acordo sobre dívida deve sair hoje

postado em 25/07/2011 11:38
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou que o governo Barack Obama e a oposição republicana precisam alcançar um acordo nesta segunda-feira(25/7) para por fim ao impasse sobre o limite da dívida pública do país e, assim, evitar o risco de calote.

No próximo dia 2 de agosto, os Estados Unidos devem ultrapassar o chamado teto de sua dívida, que chega a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões).

Negociações entre o presidente Obama e o líder do Congresso, o republicano John Boehner, não conseguiram romper o impasse a respeito do tema.

;;Eles precisam de um projeto que, com total certeza, seja aprovado nas duas casas do Congresso;, disse Geithner. ;Existe muita política envolvida, mas tem de ser feito, não há escolha, não há alternativas, o fracasso não é uma opção."

Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial.

Em entrevista à rede de TV americana ABC, Geithner disse estar confiante que um acordo será alcançado, mas que o prazo está se esgotando.

No último dia 16 de maio, os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público (US$ 14,3 trilhões). À época, Geithner anunciou medidas temporárias, como a suspensão de investimentos em fundos de pensão, a fim que evitar que a dívida ultrapasse esse limite.

Mas, segundo o governo, essas medidas provisórias só serão eficazes até o dia 2 de agosto. Depois desse prazo, caso o teto não seja elevado, o governo não terá mais dinheiro e terá de deixar de cumprir algumas de suas obrigações financeiras.

A oposição republicana, que o controla da Câmara dos Representantes ; equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil, ; exige que um acordo para elevar a dívida esteja condicionado a cortes no Orçamento americano, para reduzir o déficit, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Os impasses se devem ao fato de que os republicanos se opõem a quaisquer projetos que incluam aumento de impostos. Mas Obama defende a necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiariam a camada mais rica da população, criada ainda no governo do presidente George W. Bush. Já os democratas se opõem a cortar programas sociais que os republicanos desejam enxugar.

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