Os designers da Audi acertaram em cheio no desenho do A1. O modelo traz as habituais referências da marca, como a enorme grade dianteira, mas tem estilo próprio, que o diferencia diante dos membros da família.
É um baixinho invocado, com a frente agressiva destacada também pelo desenho dos faróis de xênon e pelas luzes diurnas de LEDs. O teto é baixo e as duas portas são grandes e pesadas. A coluna A forma um arco com a C, pintado em cor diferente do restante da carroceria. As laterais são lisas e têm vincos na altura das maçanetas. A traseira curta tem vidro estreito, comprometendo a visibilidade, e lanternas horizontais invadem a tampa do porta-malas. Completando o visual esportivo, rodas de liga leve aro 16 polegadas, calçadas com pneus de perfil 45.
O espaço para bagagens do A1 é razoável, ideal para duas pessoas. Aliás, apesar de ser projetado para quatro pessoas, o carrinho leva com relativo conforto somente quem vai na frente. Ali, os bancos de desenho esportivo têm abas laterais, regulagem de altura e revestimento em tecido, mas são duros. Já o banco traseiro tem pouco espaço para dois, com assento baixo e encosto muito reto. Sem falar que o acesso para quem vai atrás é complicado, já que os bancos dianteiros não deslizam com tanta facilidade e o teto baixo dificulta o embarque e desembarque.
Por dentro, o A1 segue o padrão da família Audi, com material de boa qualidade no acabamento. O painel tem revestimento emborrachado, agradável ao toque, com detalhes cromados. No centro, uma tela com informações de navegação (GPS) e comandos do áudio. Os instrumentos têm fundo preto. Alavanca de câmbio e o volante esportivo são revestidos em couro.
Dirigir o Audi A1 é puro prazer. Basta entrar no compacto e se ajeitar, regulando o volante na altura e na distância. A sensação é de estar ;vestindo; o carro, pois o interior é envolvente. O volante tem boa pegada e conta com as aletas para troca de marchas, enfatizando ainda mais o aspecto esportivo.
Mas o poder do baixinho está no conjunto mecânico. O motor é um compacto quatro cilindros em linha 1.4, com turbo, que trabalha em silêncio. Basta acelerar que ele responde rápido, sem trancos ; principalmente quando o turbo é acionado.
E o desempenho fica ainda melhor graças ao câmbio automatizado de sete velocidades, com dupla embreagem, que garante trocas suaves e com bom aproveitamento da força do motor. Às vezes ele demora alguns milésimos de segundo para pensar na troca de marcha, mas nada que comprometa. Porém o mais impressionante é o consumo: o computador de bordo registrou 10,5km/l na cidade e 14,6km/l na estrada, respeitando os limites de velocidade.
E, se o desempenho é bom, o resto do conjunto acompanha. A direção, com assistência eletrohidráulica garante cargas bem definidas em velocidades mais elevadas e em situações de manobra. As suspensões foram bem calibradas, deixando o baixinho firme em curvas. Porém transferem as imperfeições do solo para dentro quando trafega sobre pisos irregulares. O modelo conta ainda com controles de tração e estabilidade, completando a segurança para os mais afoitos. Os freios com ABS e EBD, com discos nas quatro rodas seguram o compacto sem problema. E, assim, não há dúvidas: o carrinho agrada em cheio e não fica devendo nada à concorrência.