postado em 28/07/2011 13:59
São Paulo - Pelo segundo mês seguido, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda. Em julho, entretanto, o índice caiu menos e registrou variação de -0,12% ante -0,18%, em junho. Utilizado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel, o índice é medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o IGP-M acumula alta de 3,03% e, nos últimos 12 meses, de 8,36%.Dois dos três componentes do índice indicaram deflação pela segunda vez. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) atingiu -022% ante -0,45%. O resultado reflete em parte a recuperação dos preços dos bens intermediários que passaram de uma queda de 0,39% para uma alta de 0,16%. Também inclui a recomposição de preços dos alimentos in natura que tiveram influência na reversão dos bens finais de uma baixa de 0,50% para um aumento de 0,02%.
Já o subgrupo matérias-primas brutas apresentou diminuição expressiva dos preços (de -0,47% para -1,00%) puxada pelas commodities minério de ferro (de 6,86% para -1,40%) e soja (de 2,54% para -1,05%), além do leite in natura cuja taxa foi inferior à medição passada (de 3,53% para l,12%).
Entre as contribuições favoráveis à deflação do IGP-M estão os preços praticados no mercado varejista. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,13% - ante -0,12% no mês anterior - com queda em dois grupos e decréscimos em outros quatros de um total de sete pesquisados. A redução mais significativa foi registrada em alimentação (de -0,81% para -0,99%). No grupo educação, leitura e recreação, a taxa passou de 0,55% para -0,07%.
Os aumentos ocorreram com índices menores do que os de junho nos grupos vestuário (de 0,83% para 0,50%); habitação (de 0,45% para 0,29%); saúde e cuidados pessoais (de 0,54% para 0,40%) e despesas diversas (de 0,15% para 0,05%). Em transporte, o índice saiu de um recuo de 1,34% para uma alta de 0,11% com destaque para o álcool combustível (de -13,89% para 3,29%).
O terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,59%, abaixo da variação anterior (1,43%).