postado em 28/07/2011 14:38
Apesar das medidas tomadas pelo governo para conter o consumo ; com o objetivo de frear a inflação ; o brasileiro ainda está otimista em relação à economia local. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas mostrou que o grau de satisfação e expectativa do comprador cresceu 5,4% entre junho e julho deste ano: passou de 118,0 para 124,4 pontos. O número é o maior desde setembro de 2005, quando a série histórica foi iniciada.O estudo apontou que a alta da taxa básica de juros (Selic) não intimidou o consumidor. A compra de bens duráveis atingiu 86,9 pontos, com alta de 3,3% em relação ao mês passado. "É uma boa taxa, mas não chega perto do que tivemos em março de 2008, quando chegou a 103,7 pontos", observou a coordenadora técnica da pesquisa, Viviane Bittencourt. Ela destacou, ainda, que a expectativa do consumidor para os próximos seis meses é reflexo da desaceleração da inflação. "O aumento de preços recuou, principalmente em combustíveis e alimentos e aliviou o bolso do brasileiro." Além disso, há influência da maior oferta de emprego. "O consumidor tem uma renda melhor, o que influencia na gastança", analisou a especialista.
Que o diga a personal trainer Gabriela Coelho, 24 anos. Ela já gastou mais de R$ 2 mil em compras neste mês. "Essa é uma cultura daqui. Quem tem dinheiro na conta gasta, não poupa", justificou. A jovem confessou que não se sentiu abalada com as medidas de restrição de crédito. "Continuo usando o cartão, da mesma maneira. A decisão do governo ainda não me afetou", salientou.
Mesmo assim, alguns compradores colocaram o pé no freio a fim de evitar o endividamento excessivo. É o caso do estudante Washington Augusto Pires, 22. "Tenho dois cartões de crédito e preferi diminuir um pouco o ritmo de consumo para não me enrolar com as contas", disse. A preocupação do jovem, entretanto, não significa que parou de gastar. "Pretendo trocar o celular em breve." O grau de satisfação com a economia brasileiro também cresceu ; 3,9% ;, assim como o otimismo em relação à evolução do cenário nos próximos meses (%2b5,7%). "A situação do Brasil está boa e acreditamos nisso", frisou Pires.
A taxa é composta por alguns quesitos da sondagem de expectativas do consumidor: situação e expectativa para a atividade econômica local, situação e expectativa financeira da família e compra de bens duráveis.