Agência France-Presse
postado em 29/07/2011 13:22
O presidente Barack Obama alertou nesta sexta-feira (29/7) que o tempo está se esgotando para que os Estados Unidos alcancem um acordo para aumentar o teto da dívida pública, insistindo que um compromisso nesse sentido é possível. "Não é uma situação na qual as duas partes estejam a quilômetros de distância", afirmou Obama em um discurso na Casa Branca, ao mesmo tempo em que reiterou que um acordo deve ser bipartidário, pedindo ainda que os americanos pressionem o Congresso para conseguir esse acordo.O líder da maioria democrata no Senado americano, Harry Reid, afirmou mais cedo nesta sexta-feira que tomará as medidas necessárias para obter uma votação sobre um texto de compromisso com o objetivo de elevar o teto da dívida e evitar um default por parte dos Estados Unidos. "Esta é provavelmente nossa última oportunidade de salvar este país do default", disse Reid, cuja iniciativa pode ser votada na madrugada de domingo.
Concretamente, Reid deverá dar por finalizados os debates a fim de habilitar uma primeira votação de procedimento, que pode ocorrer até a 01H00 local de domingo (02H00 de Brasília), sobre o projeto elaborado sob sua direção.
Uma segunda votação será realizada na segunda-feira às 07H30 (08H30 de Brasília), antes de sua passagem final na terça-feira, data limite na qual os EUA cairão em default se não aumentarem o limite de sua dívida, indicou um líder democrata.
Na noite de quinta-feira, os republicanos da Câmara de Representantes adiaram a votação de um plano para reduzir o déficit, enquanto a crise política americana afeta os mercados a cinco dias de uma eventual moratória. O plano alternativo do Senado apresentado por Reid economizaria 2,2 trilhões de dólares em 10 anos, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso americano (CBO).
Semanas de discussões não bastaram para chegar a um acordo sobre um plano de redução do déficit acompanhado por um aumento do teto da dívida, que em maio alcançou seu limite legal de 14,294 trilhões de dólares, ou seja, perto de 100% do PIB.