Economia

Petróleo fecha em queda em Londres e em Nova York

Agência France-Presse
postado em 29/07/2011 18:36
Nova York - Os preços do petróleo retrocederam nesta sexta-feira (29/7) em Nova York e - em menor medida - em Londres, com os mercados em um clima de cautela devido à forte crise política gerada pelo tema da dívida nos Estados Unidos e pela desaceleração do crescimento nesse país. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou o dia cotado a 95,70 dólares em queda de 1,74 dólar sobre quinta-feira.

No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 62 centavos, a 116,74 dólares. "O mercado continua afetado pelos temores sobre a dívida americana, além do que os dados de crescimento (americano) têm saído a níveis inferiores ao previsto. As más notícias estão se acumulando, os mercados estão sob pressão", observou Tom Bentz, do BNP Paribas.

O anúncio de uma desaceleração maior que o previsto do crescimento dos Estados Unidos no segundo trimestre fez com que os investidores temessem pela demanda do petróleo neste país, que é o maior consumidor mundial, o que derrubou os preços da commoditie. O crescimento da economia americana foi de 1,3% no segundo trimestre, em cifras anualizadas, segundo uma primeira estimativa do governo, sendo que os economistas esperavam 1,8%.

O mercado esteve afetado também pela ausência de avanços nas negociações sobre o incremento do limite da dívida, a poucos dias da data de uma eventual cessação dos pagamentos, prevista pelo Tesouro para o dia 2 de agosto. A pressão aumenta sobre os líderes políticos antes do fim de semana.

O presidente Barack Obama exortou o Congresso a selar um compromisso para evitar um default antes de terça-feira, ainda que não se vislumbre uma solução. O barril de WTI limitou suas perdas durante a jornada, após cair brevemente abaixo dos 95 dólares.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação