Economia

Petróleo recua quase 6% no fechamento em Nova York

Agência France-Presse
postado em 04/08/2011 17:52
NOVA YORK - Os preços do barril de petróleo encerraram a quinta-feira em forte queda em Nova York, pressionados pelos temores sobre a influência da debilidade da economia mundial na demanda da commoditie. Com isso, o preço do barril retrocedeu a seu nível mais baixo desde 18 de fevereiro.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou a 86,63 dólares, em queda de 5,3 dólares (5,8%) em relação à quarta-feira.

"É algo básico", disse Adam Sieminski, do Deutsche Bank. "O temor de um retorno da recessão com o enfraquecimento econômico dos Estados Unidos e a crise da dívida na Europa têm deixado os investidores nervosos", disse.

Nesse contexto, os investidores esperam uma demanda reduzida por energia. "É difícil apostar nos mercados de petróleo se não há expectativa de crescimento", disse Rich Ilczyszyn, da MF Global.

Após cifras de crescimento ruins nos Estados Unidos na sexta-feira, os dados fracos da atividade manufatureira na segunda-feira e os gastos de consumo na terça-feira, o mercado passou a se concentrar no emprego, que também veio ruim.

Nesta quinta-feira, o informe semanal de Departamento do Trabalho mostrou que as novas taxas de desemprego recuaram muito levemente durante a última semana de julho. Na sexta-feira serão publicadas as cifras oficiais mensais.

"O pessimismo é geral sobre as perspectivas do crescimento de emprego e os investidores somaram a isso todos os problemas da dívida na Europa e nos Estados Unidos, um crescimento fraco ou quase nulo no Japão e sinais de enfraquecimento da atividade na China", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

O nervosismo dos investidores ficou ainda maior após comentários do Banco Central europeu, que não convenceu aos mercados sobre sua capacidade de conter a crise da dívida na Zona Euro, sendo que duas grandes economias - Itália e Espanha - estão sob forte pressão.

Os mercados de ações também indicaram fortes perdas nesta quinta-feira, com os principais índices perdendo mais de 3%.

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