Economia

Obama assegura ao mundo que a economia dos Estados Unidos vai se recuperar

Agência France-Presse
postado em 05/08/2011 12:57

Washington - O presidente Barack Obama assegurou ao mundo nesta sexta-feira (5/8) que a economia doméstica americana vai se recuperar desses tempos tumultuados, em meio ao medo geral que ocorra uma nova recessão.

"O que eu quero é que o povo americano e nossos sócios em todo o mundo saibam disso: vamos superar isso, as coisas vão melhorar", declarou Obama. Ele ainda acrescentou que, apesar de um "ano tumultuado", a economia criou mais empregos no setor privado pelo 17o. consecutivo. Alertou, no entanto, que o ritmo do crescimento do emprego não foi suficiente para responder aos oito milhões de trabalhos perdidos na recessão.
[SAIBAMAIS]"Precisamos criar um ciclo autossustentável, onde as pessoas estejam gastando, as companhias estejam contratando e nossa economia esteja crescendo. Minha preocupação agora, meu foco, é o povo americano - levar os desempregados de volta ao emprego, aumentar seus salários, e reconstruir aquela sensação de segurança dentro da classe que desapareceu nos últimos anos", afirmou Obama, falando num evento relacionado com os veteranos da marinha americana.

O departamento do Trabalho americano anunciou nesta sexta que a criação de emprego melhorou sensivelmente nos Estados Unidos em julho, ficando a 117.000 contra os 46.000 do mês anterior, e a taxa de desemprego caiu 0,1% a 9,1%. Estes dados são melhores que os previstos pelos analistas, que calculavam em 85.000 os novos postos de trabalho criados, e são bem mais animadores, já que o setor privado realizou 154.000 contratações nesse mês. Essas criações de emprego foram suficientes para baixar a taxa de desemprego em 0,1 ponto percentual, passando a 9,1%, enquanto os especialistas aguardavam que se mantivesse estável nos 9,2%.

Entre as estatísticas governamentais, a mais animadora diz respeito ao setor privado, que realizou 154.000 contratações sozinho em julho, depois de dois meses onde o ritmo dessas contratações havia desacelerado consideravelmente. O emprego nos setor público, por sua vez, diminuiu pelo nono mês consecutivo, ficando nos 37.000 postos. "A queda foi quase inteiramente devido ao fechamento parcial dos serviços públicos de Minnesota", anunciou o Departamento de Trabalho, em referência ao desemprego parcial dos funcionários desse Estado, que não tinha orçamento para funcionar desde o início desse mês.

Apesar desta melhoria, a primeira economia mundial deu nas últimas semanas sinais de fragilidade que derrubaram os mercados financeiros mundiais, e quer pesaram duramente no nível de popularidade do presidente Barack Obama.

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