postado em 07/08/2011 17:47
Brasília - O principal índice da Bolsa de Valores de Israel, a Taxa Maof, caiu 6,9% neste domingo (7), em um dos pregões mais dramáticos da história do país. Outras bolsas do Oriente Médio também apresentaram quedas significativas hoje, dia útil em vários países da região.A bolsa de Israel abriu com queda de 5% e a negociação de papéis chegou a ser suspensa várias vezes para evitar perdas maiores. A queda foi influenciada diretamente pelo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de notação Standard & Poor;s, na sexta-feira (5).
Como sexta-feira foi feriado em Israel e domingo é dia útil, só hoje a crise do crédito americano foi sentida na economia local.
Além da crise americana, a bolsa refletiu a manifestação popular contra a alta do custo de vida, que levou mais de 300 mil israelenses às ruas das principais cidades do país, neste sábado (6), com a presença de cantores famosos e ampla cobertura, ao vivo, dos meios de comunicação.
Os ativistas, muitos deles acampados há três semanas em cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Beer Sheva, protestam contra a alto no custo de vida, principalmente do elevado preço dos aluguéis e dos imoveis, além dos alimentos e da educação.
Os manifestantes se inspiraram nos Indignados, da Espanha, e também nos protestos da chamada Primavera Árabe, que têm mudado a realidade do Oriente Médio.
Pressionado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a criação de uma comissão de ministros e especialistas para negociar com os líderes.
As bolsas de valores de outros países do Oriente Médio também caíram hoje entre 2% e 4%, sendo que a da Arábia Saudita, a maior da região, fechou com uma pequena queda de 0,08%, registrando, no entanto, uma perda de 5,5% no sábado.