Economia

Dívida: G7 tomará "todas as medidas necessárias para manter a estabilidade"

Agência France-Presse
postado em 07/08/2011 22:59
PARIS, 8 agosto 2011 (AFP) - Os ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do G7 se comprometeram nesta segunda-feira a "tomar todas as medidas necessárias para manter a estabilidade financeira e o crescimento" frente ao "aumento da tensão nos mercados financeiros".

A alguns minutos da abertura dos mercados asiáticos, eles indicaram em um comunicado que estão "determinados a agir de maneira coordenada cada vez que for necessário para garantir a liquidez e apoiar o bom funcionamento dos mercados, a estabilidade financeira e o crescimento econômico".

"Nenhuma mudança nos fundamentos justifica as tensões financeiras sofridas recentemente pela Itália e pela Espanha", indicaram, acompanhados atentamente pelos mercados, que colocaram os dois países em sua alça de mira.

Essa declaração foi divulgada após uma teleconferência realizada na noite de domingo para segunda-feira, presidida pelo ministro francês da Economia François Baroin.

A França ocupa este ano a Presidência interina do G7, instância que reúne as sete nações mais ricas (EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Japão, Itália).

A crise da dívida, que afeta os dois lados do Atlântico, se agravou bruscamente na sexta-feira com a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor;s (S) de retirar dos Estados Unidos a prestigiosa nota "AAA", atribuída aos emissores de títulos mais confiáveis.

O G7 se compromete a "reagir para acalmar as tensões criadas" pela elevação dos déficits orçamentários e da dívida dos Estados Unidos e de alguns países da Zona do Euro e "saúda" as "ações decisivas" realizadas por Washington e na Europa.

Os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G7 se dizem "concentrados na rápida e completa aplicação das decisões adotadas" pelo acordo europeu de 21 de julho sobre o resgate da economia grega e da Zona do Euro.

Prometendo permanecer "em contato estreito nas próximas semanas", eles asseguram que suas ações "garantirão a sustentabilidade de (suas) finanças públicas a longo prazo".

Pouco antes da publicação do comunicado oficial do G7, o ministro japonês das Finanças, Yoshihiko Noda, havia afirmado que seus membros tinham chegado a um acordo para cooperar com o objetivo de evitar os movimentos excessivos no mercado de ações.

"Uma volatilidade excessiva e movimentos desordenados das taxas de câmbio têm implicações negativas para a estabilidade econômica e financeira", ressalta o comunicado do G7, que promete também fazer consultas "estreitas" sobre "as ações sobre os mercados de câmbio".

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