Agência France-Presse
postado em 12/08/2011 19:22
NOVA YORK - Após começarem o pregão em alta, os preços do barril de petróleo perderam seus ganhos ao final da sessão e fecharam a sexta-feira em queda em Nova York, encerrando uma semana de intensa volatilidade. Em Londres, a commodity ficou praticamente estável.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou a 85,38 dólares, em queda de 34 centavos (0,39%) em relação à quinta-feira. No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com igual vencimento subiu apenas um centavo e fechou cotado a 108,03 dólares.
Os preços do WTI iniciaram o dia sustentados pela forte alta das vendas do varejo nos Estados Unidos em julho, de 0,5%. "Apesar das preocupações com o cenário econômico, o dado mostra que muitas pessoas continuam gastando dinheiro", disse Phil Flynn, de PFG Best Research. "Esse é um sinal de que a demanda de gasolina e de outros produtos poderá continuar em alta", completou.
Contudo, dados ruins sobre a confiança dos consumidores americanos afetaram em parte o otimismo dos mercados. O índice da universidade de Michigan, termômetro do consumo, recuou a seu nível mais baixo desde 1980. "Acredito que encontramos um ponto de estabilidade", disse John Kilduff, da Again Capital. O barril de WTI recuperou 10 dólares em relação ao piso da semana, de terça-feira, quando o barril ficou cotado a menos de 76 dólares, um preço exageradamente baixo, segundo o analista.
O WTI chegou a subir a 6,42 dólares nas duas últimas sessões, quando o mercado acionário teve mais dificuldades para tratar de recuperar todas as perdas dos últimos dias. "O mercado começa a integrar uma perspectiva macroeconômica menos apocalíptica e faz uma pausa após os preços terem recuado abaixo dos pisos esperados para esta semana" em relação aos níveis de oferta, explicaram analistas da Barclays Capital.
Segundo o Barclays, o mercado americano absorveu com facilidade a circulação das reservas estratégicas e do superávit de reservas de produtos petroleiros, que supera a média dos cinco últimos anos.