postado em 25/08/2011 08:47
Guarujá (SP) ; A Fiat está comemorando seu 35; aniversário de vida industrial no Brasil. Desde que chegou, mantém uma presença ativa, sempre crescente, no mercado ; principalmente em função do seu portfólio de produtos. Mas ela estava ausente no segmento que mais cresce: o de utilitário-esportivos. Com a compra de 53% da montadora norte-americana Chrysler, há três anos, achou a solução: o Journey, da marca Dodge. É, a montadora italiana, embora com riscos, usou a lei do menor e esforço e pegou toda a estrutura física do modelo americano e ;criou; o italiano Freemont.Quem acompanha o vaivém dos negócios automobilísticos, e as constantes renovações visuais dos modelos e marcas, não vai estranhar o visual do Freemont. O que mudou? Na dianteira, grade, para-choque, as rodas de liga leve... Ah, as lanternas ganharam leds. A logomarca Fiat, bem ao centro, se destaca em meio aos conhecidos vincos frontais e laterais.
O Journey não sai de linha. Mas a recauchutagem feita pela Fiat transformou o clone num carro bem melhor. O visual externo nem marca tanto. Mas as diferenças no interior são bem características. E mais: o italiano é fabricado no México e não entra nos Estados Unidos, assim como o Journey não entrará na Europa. Na verdade, seremos o único lugar onde os dois estarão presentes simultaneamente.
Em relação à propulsão, o modelo da Fiat terá apenas o motor 2.4 de 16 válvulas, a gasolina, com 172cv ; é o mesmo usado pelo Chrysler PT Cruiser (fora de linha).
O Correio testou a versão Precision rapidamente nas estradas do litoral paulista e constatou: o porte do carro (1,8 mil quilos) faz o motor sofrer nas ;embaladas;, digamos assim. O câmbio contribui para isso, obviamente: automático de quatro velocidades, ele é derivado do PT Cruiser e oferece opção de trocas manuais pela alavanca.
Para não provocar canibalização, o Journey só terá propulsor 2.7 V6, de 185 cavalos. E, em breve, também sofrerá uma reestilização.
Por dentro
Os italianos são conhecidos pelo bom gosto. Não é à toa que o design automobilístico deles é festejado no mundo inteiro. Mas o Freemont atesta outra capacidade da turma: a capacidade de ofertar boa qualidade no acabamento de vários produtos, como os móveis. E essa marca de refinamento e bom gosto chama a atenção no interior do carro. Claro que as peças são de plásticos e o aço não parece ser ;escovado;, por exemplo. Mas a borracha é de boa qualidade, agradável ao toque e não tem aquelas sobras indesejadas e comuns em boa parte dos veículos até mesmo do porte do utilitário.
Os bancos não são de couro ; são opcionais, na verdade, para a versão topo de linha. Mas ;abraçam; bem os passageiros, principalmente o motorista, por conta dos ajustes elétricos (altura, distância e lombar). Porém, a inclinação do encosto é por meio de alavanca comum, mecânica. Assim, com as regulagens de altura e profundidade da coluna de direção, o condutor tem todo o conforto possível para uma boa condução: há quem goste da posição elevada, típica dos SUVs, ou baixa, igual à dos carros de passeios.
O espaço para os passageiros é similar ao oferecido pelos concorrentes. Na configuração para sete lugares, ;desmonta-se; o porta-malas ; que fica apenas com 145 litros de capacidade. Mas torna desconfortável a estada de pessoas altas na terceira fila. No geral, a cabine pode ser configurada em até 32 maneiras diferentes.
A montadora chama a atenção para a abertura de 90; das portas traseiras. Ponto positivo na hora de transportar pessoas com alguma dificuldade física, ou mesmo idosas, e para acomodar as cadeirinhas de bebê.
O jornalista viajou a convite da Fiat Automóveis