Economia

Desemprego não teve queda esperada, apesar de menor taxa desde 2002

postado em 25/08/2011 15:12
Embora o desemprego no país tenha registrado em julho a menor taxa para o mês desde 2002, ao ficar em 6% da população economicamente ativa, o mercado de trabalho reflete um desempenho menos aquecido, sem registrar a queda que se esperava em relação aos meses anteriores. A avaliação é do coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta (25/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.

Em relação a junho (6,2%), a taxa de desemprego ficou praticamente estável. ;Havia uma expectativa de queda, mas isso não se confirmou nos dados da pesquisa. O desemprego costuma cair entre os meses de maio e agosto, mas ainda não foi o momento de inflexão. Houve um aumento de 86 mil pessoas ocupadas em relação a junho e uma redução de 32 mil pessoas desocupadas, mas isso não foi significativo a ponto de reduzir a taxa;, explicou.

Segundo ele, a expectativa é que o desempenho da indústria puxe a queda no desemprego nos próximos meses.

;Ela ainda não deslanchou. A expectativa é que a indústria comece nessa parte do ano a ligar as turbinas para aumentar o parque de produção para escoar até o fim do ano. Houve pequenos pontos de aumento em algumas regiões em meses anteriores, mas em julho não há nenhum movimento visível nesse sentido;, destacou, acrescentando que ainda há 1,4 milhão de pessoas a procura de emprego no país. Já a população ocupada somou 22,5 milhões de pessoas no mês.

Cimar Azeredo enfatizou, no entanto, que embora o mercado não tenha sido capaz de absorver essa mão de obra, gerando a expansão no número de postos de trabalho que se esperava, a qualidade do emprego teve melhora.

O número de trabalhadores com carteira assinada totalizou 10,9 milhões, com aumento de 1,2% na comparação com junho e de 7,1% em relação ao mesmo período de 2010. Ele ressaltou, ainda, que a taxa média de desemprego para os sete primeiros meses do ano está em 6,3%, menor do que os 7,3% registrados no mesmo período do ano passado.

O rendimento médio do trabalhador também foi apontado por Azeredo com um dado favorável, já que ficou em R$ 1.612,90, registrando o valor mais elevado para o mês de julho desde 2002.

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