Economia

Bolsas europeias fecham em queda livre por temores de crise da dívida

Agência France-Presse
postado em 05/09/2011 13:43
Paris - As Bolsas europeias encerraram suas sessões desta segunda-feira (5/9) em queda livre, arrastadas pelo afundamento dos valores bancários, em um contexto de temores de recessão nos Estados Unidos e de crise da dívida na Europa.

Em Frankfurt, o Dax desabou 5,28%, em seu nível mais baixo em dois anos, enquanto que Paris caiu 4,73%, abaixo dos 3.000 pontos, a 2.999,54 pontos; e Londres, 3,58%.

A queda superou os 4% na Bolsa de Milão (- 4,83%), na de Madri (-4,69%) e na Bolsa suíça (-4,04%).

Os mercados americanos estavam fechados nesta segunda-feira por causa do feriado nos Estados Unidos, o que alimentou o nervosismo dos operadores.

No final de semana passado, os maus sinais apresentados pelos dados de emprego nos Estados Unidos fizeram os mercados desabar. Os números revelaram que a economia dos Estados Unidos não havia criado empregos em agosto, alimentando os temores de uma recessão na maior economia mundial.

Os investidores também estão preocupados com novos temores relacionados à realização do segundo plano de resgate internacional da Grécia, destinado a evitar a falência do país, hipótese catastrófica para toda a Zona Euro.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, reconheceu na sexta-feira que o país não respeitará sua meta de déficit público para 2011 devido ao agravamento da recessão.

A estas preocupações renovadas sobre a crise da dívida na Europa, notícia ruim para os bancos, soma-se a queixa apresentada nos Estados Unidos contra 17 bancos e instituições financeiras no mundo por fraudes antes da crise dos créditos imobiliários de risco ("subprime").

A Agência Federal de Financiamento à Habitação (FHFA, siglas em inglês) indicou em um comunicado na quinta-feira à noite que quer "recuperar as perdas" sofridas para os dois gigantes do financiamento de empréstimos imobiliários, Fannie Mae e Freddie Mac, e também pelos bancos francês Société Générale, suíço Credit Suisse e alemão Deutsche Bank.

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