postado em 09/09/2011 20:38
MARSELHA - Os países ricos do G7 estão decididos a dar uma "resposta internacional forte e coordenada" para responder aos desafios criados pela debilidade do crescimento mundial, declarou nesta sexta-feira em Marselha (sul da França) o ministro francês de Finanças, François Baroin.Segundo o ministro, cujo país preside atualmente o G7 (composto por Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, Itália, Grã-Bretanha e Canadá), "o Grupo dos Sete encontrou um ponto de equilíbrio entre a difícil tarefa de combinar redução dos déficits e apoio ao crescimento". "Diante das incertezas, precisamos de um esforço coordenado em nível internacional para apoiar um crescimento forte, durável e equilibrado", disse Baroin ao término da primeira jornada de uma reunião dos ministros de Finanças do G7, que se estenderá até sábado.
Ao referir-se à preocupação dos europeus em reduzir seus déficits, o ministro francês assegurou que "será preciso criar planos de consolidação orçamentária equilibrados e favoráveis ao crescimento".
A fala de Baroin foi reforçada pelo ministro britânico de Finanças, George Osborne, segundo o qual há um amplo apoio do G7 ao programa de 477 bilhões de dólares proposto pelo presidente Barack Obama. "Os Estados Unidos enfrentam pressões diferentes por causa do papel do dólar como moeda de reserva internacional", disse.
Osborne havia reiterado em Londres a determinação de seu país em continuar seu plano de austeridade, apesar da advertência da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, contra políticas orçamentárias muito severas.
Ao mesmo tempo, Lagarde pediu aos ministros e governadores dos bancos centrais do G7 para que atuem "com audácia" para acabar com a crise da dívida em países da Zona Euro e coibir a possibilidade de uma nova recessão no mundo industrializado. Os mercados, no entanto, mantêm um forte ceticismo contra todas essas iniciativas.