postado em 10/09/2011 08:00
Os passageiros que viajaram de avião no Brasil entre julho de 2010 e junho deste ano pagaram as tarifas mais baratas desde 2002, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Levantamento da reguladora, divulgado ontem, apontou que o yield doméstico ; indicador referencial de preços das passagens ; chegou a R$ 0,34 em junho, uma redução de 14,56% em relação ao aferido em 2010 e de 47%, quando comparado ao mesmo período de 2002.A tarifa média, que leva em conta o pago pelos passageiros em viagens domésticas, independentemente de escalas, conexões e distância percorrida, foi de R$ 271,37 em junho. O valor é 1,97% superior ao do mesmo mês de 2010, mas 33,4% menor do que em 2002. Não à toa o total de usuários aumentou consideravelmente nos últimos meses, sobretudo entre o público da nova classe média. Em vários casos, está mais barato andar de avião do que de ônibus.
Remarcações
Apesar de positivo, o cenário deve mudar a partir de agora, devido às festas de fim de ano. As empresas aproveitarão o momento para tentar ampliar os ganhos, que vinham sendo corroídos pela alta dos preços do querosene de aviação. A Gol, que registrou prejuízo de R$ 358 milhões entre abril e junho, espera avanço entre 4% e 5% nos preços, de acordo com o seu presidente, Constantino de Oliveira Junior. ;Tenho a expectativa de que isso (a tarifa) comece a melhorar ainda esse ano;, comentou. A mesma estimativa foi feita pela concorrente TAM.
A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado
(IGP-M), divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), já aponta alta de 0,92% no custo médio das passagens aéreas para o consumidor ; item que figura entre as principais pressões da inflação no segmento de transportes no período.
Cooperação tecnológica
Representantes de órgãos governamentais e empresas brasileiras e chinesas ligadas à tecnologia defenderam a criação de parcerias entre os dois países, ontem, durante o Seminário Brasil-China sobre Tecnologias da Informação e das Comunicações. Na ocasião, Virgílio Almeida, secretário de política de informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, defendeu que, apesar de contar com uma indústria de software competitiva dentro dos padrões internacionais, o Brasil precisa avançar na produção local de semicondutores, displays e componentes ; segmentos em que a China tem vasta experiência. Em contrapartida, Zhao Bo, líder da delegação do país asiático, destacou que pode aprender com os brasileiros nas áreas de redução do consumo de energia e da emissão de poluentes.