postado em 11/09/2011 08:25
A necessidade de mais investimento nas atuais redes de transmissão e distribuição de eletricidade contrasta com o aparente avanço dos gastos federais em geração e novas linhas. De janeiro a junho, as 15 empresas do Grupo Eletrobras, por exemplo, aplicaram R$ 2,1 bilhões em obras e compra de equipamentos. O valor é 9% maior que o desembolsado em igual período de 2010. Segundo a organização não governamental (ONG) Contas Abertas, o crescimento se deve, contudo, às obras de implantação da usina nuclear Angra 3, tocadas pela subsidiária Eletronuclear. A holding ainda apoia programas considerados estratégicos pelo governo, como o Luz para Todos.[SAIBAMAIS]O primeiro balanço do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no governo Dilma Rousseff, em julho último, ressaltou que foram concluídas obras na área de transmissão e outras 21 linhas e 19 subestações estão a caminho. Apesar da ênfase, a Eletrobras deixou de investir R$ 2,9 bilhões previstos no Orçamento de 2010 para o sistema elétrico. Aplicou R$ 5,2 bilhões no ano passado, 65% dos R$ 8,1 bilhões autorizados, maior verba já reservada ao setor. Só Furnas, uma das maiores do grupo, investiu grande parte do que dispunha: gastou R$ 1,2 bilhão do
R$ 1,7 bilhão previsto.