Agência France-Presse
postado em 12/09/2011 21:26
WASHINGTON - O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira (12/9) que aceitaria a aprovação parcial por parte dos republicanos de seu ambicioso plano de emprego avaliado em 447 bilhões de dólares, mas que o objetivo é implementá-lo "em sua totalidade".A situação econômica requer tomar decisões de grande magnitude, que também possam beneficiar enormemente a comunidade latina, completou Obama em entrevista concedida a jornalistas na Casa Branca. "Vou pedir (aos republicanos) que aprovem toda a lei. Obviamente, se aprovarem parte dela, não vetarei essas partes, assinarei, mas direi para me entregarem o resto. E continuarei insistindo nisso enquanto for necessário", completou o presidente.
Obama enviou ao Congresso nesta segunda-feira seu projeto de lei, que se consiste basicamente em cortes de impostos para empresários e classe média, em impedir a demissão de centenas de milhares de professores e funcionários públicos e fazer investimentos em infraestrutura.
O plano chega na forma de um amplo pacote de estímulo que para alguns observadores é sua última tentativa de retomar a economia 14 meses antes das eleições. Apenas 40% dos americanos estão satisfeitos com o desempenho econômico do país no governo Obama, segundo pesquisas.
Obama delineou seu plano diante do Congresso na quinta-feira passada, e a reação inicial dos republicanos, que dominam a Câmara dos Representantes, foi de boas-vindas cautelosas.
Mais da metade do pacote, de cerca de 240 bilhões de dólares, viria na forma de redução de impostos. Mas, paralelamente, a Casa Branca advertiu nesta segunda-feira que pedirá novamente para eliminar as isenções fiscais para as empresas do setor petroleiro, ou aumentar os impostos para os mais ricos, caso o plano siga adiante. "Se não formos suficientemente ambiciosos, não vai funcionar como deveria", explicou o presidente.
Líderes republicanos já afirmaram que não estão de acordo com essas medidas fiscais para as grandes empresas e os ricos, nem com grandes planos de obras públicas.
A taxa de desemprego americana está em 9,1%, e entre os latinos é de 11,3%. O plano "teria um impacto enorme entre os trabalhadores latinos", afirmou o presidente, citando estudos da Casa Branca que asseguram que 250.000 pequenos empresários dessa minoria seriam beneficiados.